Intelectual português avalia que Lula irá exercer um papel de liderança regional e depois global
O sociólogo português Boaventura Sousa Santos, um dos maiores intelectuais da atualidade, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ainda não encerrou de vez o pesadelo fascista no Brasil. “Foi um grande sufoco a vitória de Lula. E é imprudente achar que tudo voltou ao normal porque o dano que Bolsonaro causou foi enorme. Ele reacendeu as brasas de toda a violência colonial no Brasil”, afirma. “Lula será alvo de uma permanente política de desestabilização”, acrescenta.
Boaventura disse ainda que Lula terá um papel extraordinário no mundo. “Estamos num momento de interregno, em que o velho não morreu e o novo não nasceu. O velho é o mundo unipolar dos Estados Unidos e o novo é o mundo multipolar, que nitidamente está a nascer”, afirmou. Boaventura também previu que a lua de mel de Joe Biden com Lula vai durar pouco, porque a China é um parceiro incontornável do Brasil. “Lula deve liderar um bloco latino-americano. Lula será um campeão da paz, até na Ucrânia. Ele deve se consolidar como líder regional, antes de se consolidar como um líder mundial”, aponta.
O sociólogo destaca que, agora, o Brasil passou a ter uma posição de autoridade com a volta de Lula. “É uma janela de oportunidade”, diz ele. Boaventura também diz que há muita semelhança entre o período atual e o que ocorreu entre as duas grandes guerras. Sobre o encontro de Davos, para o qual Lula foi convidado, Boaventura afirmou que “o Fórum Econômico Mundial é que precisa de Lula”.
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