‘As duas eleições em países tão diferentes indicam que a humanidade respira um oxigênio que pode ser útil aos povos do mundo’, diz Paulo Moreira Leite
Uma das disputas políticas fundamentais deste período, em todo mundo, a sucessão presidencial brasileira terminou com uma vitória dupla. Não só o candidato da extrema direita foi derrotado, mas o eleitorado desprezou várias opções conservadoras fantasiadas de terceira via para cravar a terceira vitória de Lula numa eleição presidencial.
Em dois turnos, brasileiras e brasileiros definiram com clareza, nas urnas, qual é seu projeto de país. Num caso único na história da Republica, Lula ocupa a presidência pela terceira vez, sempre pelo voto direto e terá uma oportunidade preciosa de iniciar a reconstrução do estado brasileiro, esvaziado de forma radical no período Temer-Bolsonaro.
A conjuntura internacional, ao menos desta vez, não está unida numa ação imediata contra o projeto encarnado por Lula. Não se ouviu um pio de solidariedade ao bolsonarismo, salvo nos subterrâneos do fascismo internacional.
O tropeço de Trump nas eleições legislativas nos Estados Unidos, onde colheu um resultado decepcionante para quem imaginava o início de uma caminhada triunfal pelo retorno a Casa Branca, mostra que as forças mais reacionárias do império estão longe de fazer unanimidade dentro de casa. Enfim.
Não é preciso cultivar ilusões a respeito do Partido Democrata e seus líderes, responsáveis por ataques violentos à democracia em várias partes do mundo — inclusive no Brasil.
Apesar das imensas dificuldades e fraquezas que persistem na conjuntura mundial, as duas eleições em países tão diferentes, que atravessam conjunturas tão diversas, indicam que a humanidade respira um oxigênio que pode ser útil aos povos do mundo.
Alguma dúvida?.
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