Anteriormente, o ministro do STF, Dias Toffoli, havia concedido uma liminar à defesa de Flávio Bolsonaro, que limitava a divulgação de relatórios do antigo COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), hoje remanejado para UIF (Unidade de inteligência Financeira), agora subordinado ao Banco Central. A última decisão do STF intima o BC a entregar todos os relatórios, que atingem 600 mil pessoas, ao STF.
A decisão está no mesmo âmbito do processo que envolve a investigação contra Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro, cumprindo a ordem anterior em que somente o STF pode solicitar acesso aos relatórios e cedê-los às investigações cabíveis.
A decisão de Toffoli, que veio a tona hoje, ocorreu no dia 25 de outubro e dá acesso, ao ministro, a informações de pessoas que têm foro privilegiado e/ou sensíveis ao poder do estado. O receio da PGR, que já prepara alguma ação contra a decisão de Toffoli é que os dados sejam expostos a instâncias inferiores de investigação, o que tornaria impossível o controle de vazamentos.
A resposta de Augusto Aras (PGR) demonstra o tamanho da apreensão no governo. Como apurado pelo jornalista Reinaldo Turollo Jr e Thais Arbex, ambos da Folha. Ao que parece, a investigação deve voltar a caminhar em suas instâncias correspondentes.
A decisão de Toffoli é mais uma demonstração de perda de força política de Bolsonaro, que já começa a ver diversas derrotas no judiciário e informações muito desgastantes surgirem na mídia.
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