Grupo de voluntários espalhados em todo o Distrito Federal pretende plantar um milhão de árvores em 8 de dezembro. Moradores de pelo menos 20 cidades vão participar do evento
Integrantes do movimento Tempo de Plantar/Gincana Verde: por um planeta mais sustentável e saudável
Imagine plantar um milhão de árvores no Distrito Federal em apenas um dia. Sonho que se tornou o objetivo de um grupo de pessoas motivadas por um único propósito: tornar o mundo mais verde. A proposta é do movimento Tempo de Plantar/Gincana Verde, uma iniciativa local de livre adesão que já reúne mais de mil voluntários, espalhados em comitês na maior parte das regiões administrativas do DF.
A ideia surgiu em março, com o ativista ambiental Paulo César Araújo, 56 anos. Desde 2011, o morador do Lago Norte se envolve com a causa ambiental. “Este ano lançamos o sonho de mobilizar o brasiliense para plantar”, diz o organizador.
A meta é fazer o mutirão de plantio em 8 de dezembro, dia do falecimento do cantor John Lennon, uma das figuras que inspiram a iniciativa. Mas, até o dia 8, o movimento organiza oficinas, rodas de conversa, palestras e produz as mudas que serão utilizadas na ação. “Queremos, além de plantar árvores, construir uma cultura do ganha-ganha-ganha, onde eu, o outro e a natureza saímos ganhando”, explica Araújo.
O projeto tem a finalidade de estimular a cultura de regeneração do planeta. “Durante toda nossa vida, tudo o que fazemos é tirar recursos do planeta, através do consumo, e não temos um hábito de regenerar o mundo, de repor o que tiramos”, justifica. Além disso, o ambientalista destaca que essa iniciativa é uma forma de reconectar as pessoas com a natureza. “A gente não cuida do que a gente não ama e só podemos amar o que conhecemos”, argumenta, defendendo a conscientização das pessoas para a importância vital da natureza.
A voluntária Algecira Amaral, 73, é prova disso. Ela conheceu o projeto por amigos e por trabalhar no Viveiro do Lago Norte. Segundo Algecira, é o gosto pelas plantas que a motiva a cuidar da natureza e sempre buscar aprender mais sobre o tema. “Eu nasci e fui criada em uma casa onde tudo era plantado e sempre fui uma pessoa ligada a plantas, por isso gosto muito”, comenta.
O projeto tem a finalidade de estimular a cultura de regeneração do planeta. “Durante toda nossa vida, tudo o que fazemos é tirar recursos do planeta, através do consumo, e não temos um hábito de regenerar o mundo, de repor o que tiramos”, justifica. Além disso, o ambientalista destaca que essa iniciativa é uma forma de reconectar as pessoas com a natureza. “A gente não cuida do que a gente não ama e só podemos amar o que conhecemos”, argumenta, defendendo a conscientização das pessoas para a importância vital da natureza.
A voluntária Algecira Amaral, 73, é prova disso. Ela conheceu o projeto por amigos e por trabalhar no Viveiro do Lago Norte. Segundo Algecira, é o gosto pelas plantas que a motiva a cuidar da natureza e sempre buscar aprender mais sobre o tema. “Eu nasci e fui criada em uma casa onde tudo era plantado e sempre fui uma pessoa ligada a plantas, por isso gosto muito”, comenta.
Os voluntários do projeto são espalhados nos chamados Comitês de Plantio de Árvores de cada região administrativa, que já somam mais de 20 cidades participantes com seus próprios núcleos verdes. A última a aderir a causa foi o Lago Norte, que inaugurou o comitê local no último dia 6.
Reuniões
Os comitês se reúnem aos domingos, uma vez por mês, individualmente, e uma vez, coletivamente, com todos os comitês do DF. Os encontros regionais ocorrem sempre no último domingo de cada mês na Escola da Natureza, no Parque da Cidade. Nas reuniões, os voluntários preparam mudas, coletam sementes, trocam experiências e aprendem em oficinas sobre compostagem, identificação de árvores, produção de hortas e temas afins.
A ideia dos participantes é cada vez mais estabelecer parcerias e fomentar novos comitês nas regiões administrativas. “Estamos querendo mobilizar não apenas a sociedade civil, mas também os órgãos públicos e empresas”, destaca João Bruno Vidal, 37, integrante do movimento e responsável pelo projeto Reflorir, iniciativa de mobilização sobre causas ambientais.
“O Tempo de Plantar não tem viés político, não tem viés comercial nem religioso”, acrescenta Vidal. Para o voluntário, o objetivo é tornar a proposta algo “único e permanente” com perspectivas de um movimento nacional. No DF, Paulo César Araújo informa que tem o apoio dos grupos de escoteiros locais, dos grupos do Rotary Club e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
O movimento se diferencia pela estrutura de liderança horizontal. Os voluntários se dividem em círculos de interesse, que funcionam como núcleos voltados para: mobilização e educação ambiental; comunicação e celebração; arborização urbana; mudas, sementes e viveiros; mapeamento e georreferenciamento; monitoramento e manutenção pós-plantios; captação de recursos para projetos e parcerias; legislação; e governança geral.
Os comitês podem contar ainda com subcomitês, específicos para cada parte da cidade ou lugar podendo ser relacionado a um bairro, rua, condomínio, empresa, escola, quadra, ou mesmo só de uma família ou grupo de amigos. “Cada grupo de pessoas que se junta adota um local que precisa ser recuperado, que precisa de uma árvore”, esclarece Paulo César Araújo.
Para montar um comitê, basta reunir de cinco a sete pessoas engajadas e cadastrar o grupo pelo link disponibilizado nas redes sociais do movimento ou entrando em contato pelo número 99610-0812.
Doação
O cadastro também é necessário para quem tem interesse em montar viveiros ligados ao projeto e que possam produzir mudas para doação ou venda para o Tempo de Plantar. Com apenas 10 mudas, uma pessoa já pode cadastrar um viveiro no movimento. Ele pode ser caseiro, comunitário, escolar, institucional ou comercial.
“Nós queremos, a partir de fevereiro de 2020, ter construído viveiros de mudas em todos os parques locais de cada cidade e ter aumentado a nossa rede de plantadores”, prevê Paulo César. A meta é ambiciosa: ter 100 mil de viveiros de mudas de árvores caseiros.
Para o idealizador de todo o projeto, plantar deve virar algo cultural, um hábito. “É um trabalho de saúde, uma forma de as pessoas se curarem”. E ele começou dando o exemplo. O primeiro viveiro Tempo de Plantar foi feito no fundo do quintal de sua casa e contribuirá com 100 das um milhão de mudas a serem plantadas em 8 de dezembro.
Espaços verdes
Os comitês de plantio estão presentes em Águas Claras, Altiplano Leste, Plano Piloto, Brazlândia, Ceilândia, Cruzeiro/Octogonal, Guará, Gama, Sobradinho I e II, Samambaia, São Sebastião, Sudoeste, Lago Norte, Lago Oeste, Mangueiral, Noroeste, Park Way, Santa Maria, Taguatinga, Vila Planalto e Varjão/Taquari/Serrinha.
Fonte: C/B
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