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A aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro em setembro superou numericamente sua reprovação, o que não acontecia desde maio de 2019, apontou pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira.

Segundo o levantamento, 39% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom, e 36% como ruim ou péssimo. Em agosto, a aprovação e a reprovação estavam empatadas em 37%. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais e foram realizadas 1.000 entrevistas entre os dias 8 e 11 de setembro

É a quinta pesquisa consecutiva a mostrar o crescimento da aprovação do governo.

O levantamento reforça outra tendência de aumento, relacionada à pandemia de Covid-19. Os que consideram que “o pior já passou” atingiram os 60% em setembro, contra 52% em agosto. A tendência havia sido identificada desde junho. “O pior ainda está por vir” recuou para 32% em setembro, contra 41% em agosto.

A parcela dos que dizem estar “com muito medo” do surto de coronavírus passou de 33%, em agosto, para 30% na rodada de setembro. Os que dizem não ter medo do coronavírus oscilaram de 28% para 29%, enquanto aqueles que responderam ter “um pouco de medo” variaram de 38% para 40%.

A maior parte dos entrevistados –52%– considera que uma vacina contra a doença estará disponível para a população nos primeiros 6 meses de 2021, enquanto 22% avaliam que ela só estará disponível no segundo semestre do próximo ano. Outros 10% disseram acreditar que ela estará disponível ainda neste ano.

Quando a pergunta é sobre o enfrentamento à crise por parte de Bolsonaro, também foi mantida a linha de alta entre os que consideram a ação do presidente ótima ou boa — a avaliação positiva nesse quesito subiu de 24% para 28%. Mas o resultado ainda é bem inferior à parcela da população que considera a atuação de Bolsonaro como ruim ou péssima, de 49% (oscilando 1 ponto para baixo em relação a agosto).

A pesquisa também perguntou sobre a reforma administrativa, recentemente enviada pelo governo ao Congresso no início do mês.

Em comparação a novembro de 2019, última vez em que o levantamento abordou o assunto, houve um aumento da fatia favorável à flexibilização de regras de estabilidade do servidor público, que passou de 52% no ano passado para 56% em setembro deste ano. A fatia que defende a manutenção das atuais regras passou de 39% para 32%.

Quando a pergunta é sobre a economia do país, 48% responderam que ela está “no caminho errado”, enquanto 38% avaliam que ela está “no caminho certo”. Em agosto, 46% consideravam que ela estava no caminho errado e 38%, no certo.

Sobre a decisão de Bolsonaro de prorrogar o auxílio emergencial, mas no valor de 300 reais e não de 600 reais, 47% responderam ser “ótima” ou “boa”. Outros 24% avaliaram a decisão como “regular” e 25% como “ruim/péssima”.

Quando o quesito é avaliação de personalidades da política, a pesquisa apontou queda na nota atribuída ao ex-ministro Sergio Moro, de 6,5 para 5,7, mas o ex-juiz da Lava Jato ainda tem numericamente a nota mais alta entre as personalidades citadas.

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta aparece em segundo lugar com 5,5, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes. Bolsonaro surge em quinto lugar, com 5,1, logo depois do vice-presidente Hamilton Mourão, que ficou com 5,2.

BRASÍLIA (Reuters)

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