“Não tenho medo de nenhum de vocês de utilizarem o aparato do Estado para intimidar as publicações sobre Lava Jato. Vai continuar, sem medo dessa retaliação”, disse ele
O Coaf alega que Miranda teria movimentado R$ 2,5 milhões no período de um ano. O deputado afirma que sua movimentação, que envolve R$ 1,3 milhão (o valor divulgado é praticamente o dobro porque soma o que entrou com o que saiu), é condizente com sua renda familiar. Glenn possui uma extensa e premiada carreira jornalística, coleciona um Prêmio Pulitzer e uma série de best sellers, além de direitos em filmes sobre seus trabalhos, como o caso de Edward Snowden.
“Esse processo de investigação começou dois dias depois que o Glenn e o Intercept Brasil começaram a fazer o processo da Lava Jato. A movimentação que teve na minha conta foi de R$ 1.300.000, é uma renda compatível com minha família. Minha renda familiar, junto eu o Glenn. O Glenn tem quatro livros renomados na New York Times Best Sellers List, produzimos filmes, ele dá discursos e trabalha para o Intercept“, completou.
O desafio
Miranda disse que suas contas e de Glenn estão abertas. “Qualquer jornalista que quiser ver está à disposição, está muito claro. Utilizamos minha conta para pagar nossas despesas. Estou disposto e vou ao juiz demonstrar todos meus extratos e, também, quero falar se a família Bolsonaro não faria o mesmo. Michelle Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro. Claro, óbvio, o Queiroz. Estou de peito aberto e não tenho medo de nenhum de vocês de utilizarem o aparato do Estado para intimidar as publicações da Lava Jato. Isso vai continuar, sem medo dessa retaliação”.