O argentino Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz de 1980, foi recebido na tarde desta terça-feira (14), pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia. Esquivel esteve acompanhado da jurista Carol Proner, do ator Osmar Prado e de líderes de movimentos populares.
Esquivel falou à presidente do STF sobre a situação da América Latina e sobre o golpe parlamentar que ocorreu no Brasil em 2016, bem como sobre a condenação e prisão do ex-presidente Lula. “Disse a ela que o golpe que tirou Dilma do poder tinha como objetivo tirar Lula do caminho. E isso é uma séria ameaça à democracia no Brasil”, disse Esquivel. “Falamos também sobre a liberdade de Lula. Pedi que ela tome consciência que Lula é um preso político. Reconhecido inclusive como preso político pela Organização das Nações Unidas (ONU)”, completou.
Esquivel pediu à ministra do STF que receba os militantes que estão em greve de fome em solidariedade a Lula. “A ministra se comprometeu a recebe-los”, disse. O Nobel da Paz aproveitou a ocasião e entregou a Cármen Lúcia cópia do abaixo assinado proposto por ele, com 240 mil nomes que pedem a indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Prêmio Nobel da Paz.
Carol Proner contou que entregou à presidente do STF o livro recém-lançado onde juristas e advogados criticam a sentença do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) contra Lula e solicitou à ministra o julgamento das ações que contestam a prisão após condenção em segunda instância.
Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista: