A informação consta em uma correspondência enviada pela embaixada do Brasil nos Estados Unidos, sede da farmacêutica, ao Ministério das Relações Exteriores, à época comandado pelo bolsonarista Ernesto Araújo.
No documento, os diplomatas brasileiros confirmam que a Pfizer “se comprometeria a devolver ao governo brasileiro todo e qualquer pagamento antecipado, na hipótese em que a empresa não consiga honrar a obrigação de entregar a quantidade acordada da vacina”.
A correspondência foi enviada em agosto de 2020, mesmo assim, o governo Bolsonaro não fechou logo o acordo com a Pfizer, o que só se concretizou sete meses depois, atrasando a imunização da população brasileira .
O governo Bolsonaro também se negou a adquirir as vacinas do Covax Governo. O governo brasileiro recebeu uma proposta por parte da aliança mundial de vacinas, a GAVI, que administra o consórcio Covax Facility, para aderir ao plano de imunização global com acesso a 86 milhões de doses. Mas, depois de longas negociações, o Brasil optou por comprar apenas 43 milhões, suficiente para imunizar só 10% da população — o mínimo que o país poderia estabelecer na parceria com a entidade.
As informações são do UOL.