O dinheiro veio do Orçamento de Guerra, que existe para ser usado em três situações: guerra, comoção interna ou calamidade que é o caso da pandemia. Porém, o governo Bolsonaro usou 52 milhões destinados às campanhas de combate ao vírus em propaganda para enaltecer as ações do presidente.
Foto: Marcos Corrêa/PR
Cruzamentos de dados realizados por veículos de imprensa pela LAI (Lei de Acesso à Informação) comprovam o desvio de 52 milhões da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), que deviam ser destinados para “informar a população e minimizar os impactos decorrentes da proliferação da doença”, mas que foram destinados para propaganda de ações do executivo.
A Secom alega no entanto que não houve desvio de recursos e que todas a propagandas veiculadas não fugiram do objetivo de informar e minimizar os impactos da pandemia. Para se ter uma ideia uma das peças publicitárias diz:
“A pandemia do novo coronavírus desafia governos em todo o mundo. No Brasil, nós, do governo federal, trabalhamos para enfrentar o seu avanço e cuidar da saúde da população. Investimos R$ 16 bilhões na compra de respiradores, ventiladores pulmonares, equipamentos de segurança e medicação”.
A questão é: em quê uma campanha com esse conteúdo ajuda a mitigar a proliferação do vírus? Em absolutamente nada, senão que essa é uma propaganda descarada do governo federal para tentar diminuir a sua responsabilidade sobre meio milhão de mortos pelo Covid-19 no país.
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