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O ministro da Justiça, Sergio Moro, deu mais uma demonstração de que o conteúdo das conversas dele com o procurador Deltan Dallagnol, vazadas pelo The Intercept, ao admitir que nesta sexta-feira (14) que instruiu secretamente os procuradores a fabricar provas contra o ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político há mais de um ano. “Foi descuido meu”, disse Moro.

“Nós lá na 13ª Vara Federal, pela notoriedade das investigações, nós recebíamos várias dessas por dia. Eu recebi aquela informação e, aí assim, vamos dizer, foi até um descuido meu, apenas passei pelo aplicativo. Mas não tem nenhuma anormalidade nisso. Não havia nem ação penal em curso”, justificou o agora ministro de Jair Bolsonaro durante cerimônia na sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Brasília.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Moro disse que repassar informações ao Ministério Público está previsto na lei, só não contou que tal medida deve ser feita por meio de notícia-crime, ou seja, devidamente formalizada nos autos, não às escondidas como fez.

“Eu acho que simplesmente receber uma notícia-crime e repassar a informação não pode ser qualificado como uma conduta imprópria”, disse o ex-juiz.