O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, o deputado Eduardo (PL-SP) e o senador Flávio (PL-RJ), têm usado a catástrofe do Rio Grande do Sul para atacar o governo Lula. Eles ainda tentam enaltecer a gestão do ex-mandatário durante a pandemia de Covid-19 e outras crises.
Na narrativa do clã, o trio ignora as diversas vezes em que o então presidente menosprezou a própria crise sanitária e outras tragédias. Em um post da semana passada, o senador afirmou: “Lula foi no RS ficou por três horas e foi embora; Lula ri durante coletiva de imprensa sobre tragédia no RS”.
O ex-presidente compartilhou um texto do senador Rogério marinho (PL-RN) dizendo que Lula estaria “politizando a tragédia” no estado. “O PT faz política com o desastre e a tragédia que enluta o país”, diz a publicação.
Eduardo citou a pandemia de Covid-19 ao criticar Lula, ironizando aliados que dizem que seu pai teve “azar” por ser presidente em meio à crise sanitária. “Vendo a resposta do Lula agora no caso do RS eu penso: demos foi é sorte! Imagina o que seria do Brasil e dos brasileiros com Lula presidindo-o na pandemia”, escreveu o deputado.
Hipócritas, eles se esquecem como realmente foi a gestão de crises do tipo no governo Bolsonaro. Em dezembro de 2021, por exemplo, a Bahia sofria com fortes chuvas e o então mandatário estava de férias em Santa Catarina.
Na ocasião, ele disse que esperava “não ter de retornar antes” do feriado de Réveillon. O então mandatário também foi visto andando de jet ski e fazendo uma visita ao parque Beto Carrero World no estado enquanto 72 municípios da Bahia estava em estado de emergência.
Durante pandemia, o ex-presidente promoveu uma série de aglomerações, desrespeitou e incentivou a população a não seguir medidas sanitárias, divulgou e adquiriu medicamentos sem eficácia contra Covid-19 e ainda propagou fake news sobre o vírus.
Ele também ficou conhecido por menosprezar a doença e usar frases como “eu não sou coveiro” e “chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando?” durante a crise. Bolsonaro ainda usou palavras como “histeria” e “fantasia” para se referir à reação da população e a cobertura da imprensa sobre o tema. Ao fim de seu mandato, mais de 693 mil pessoas morreram pela doença.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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