Em mais um gesto contra a transparência no governo, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno, pôs sob sigilo as informações relativas às visitas dos filhos de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Medida ocorre após o órgão esconder registros de acesso ao Palácio do Planalto de pastores investigados no caso do escândalo no Ministério da Educação.
Segundo a colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, durante o ano de 2021, o GSI relutava em divulgar as informações e dificultava o acesso com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). No entanto, dizia que elas não eram sigilosas —apenas não poderiam ser publicizadas pelo gabinete por questões de segurança.
Já para a Controladoria-Geral da União (CGU), as informações eram de interesse público, e deveriam ser divulgadas, já que não estavam sob sigilo. Depois disso, o GSI passou a informar que os registros das visitas começaram a ser classificados como sigilosos, impedindo qualquer atuação da CGU sobre as informações.