Jair Bolsonaro tem um passivo com relação ao nazismo.
Num evento com evangélicos no Planato, o sujeito se orgulhou de uma das frases mais imbecis jamais proferidas sob aquele teto — e olha que a briga é feia.
“Fui, mais uma vez, ao Museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer”, assinalou.
A plateia de sicofantas irrompeu em aplausos.
Desde que se tornou fã de carteirinha de Israel e Netanyahu, Jair parou de falar de um parente que, segundo ele, formou nas fileiras da Wehrmacht, a “máquina de guerra” de Hitler na Segunda Guerra Mundial.
Miguel Enríquez contou a história no DCM:
Numa sessão especial da Câmara dos Deputados, realizada em novembro de 2014, em homenagem aos 70 anos do desembarque da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália, o então deputado pelo PP, um dos sete partidos em que militou nos últimos 30 anos, Bolsonaro se superou. (…)
Na gravação de uma entrevista para o programa CCQ, da TV Bandeirantes, Bolsonaro, depois de admitir que poderia ter servido no exército nazista, reiterou. “Meu bisavô foi soldado de Hitler e perdeu um braço na guerra”, afirmou.
De acordo com a Wikipedia, o bisavô de Bolsonaro, que se chamava Carl Hintze, nasceu na Alemanha, por volta de 1876, e chegou ao Brasil em 1883, anda criança, cinco décadas antes da Segunda Guerra Mundial.
Em 1939, quando o conflito começou, Carl tinha nada menos que 63 anos, uma idade um tanto provecta e pouco plausível para a convocação de um soldado, convenhamos. (…)
Além disso, não há nenhuma evidência de que o bisa, falecido em 1969, em Campinas, tenha deixado o Brasil nesse período.
Bolsonaro precisa explicar aos amigos judeus por que insistiu nessa cascata.
Nos lapsos, mentiras e chistes há palavras que tropeçam e palavras que confessam.
E não precisa ser sob tortura.