O bolsonarista Kelver de Miranda, de 32 anos, teve seus perfis nas redes sociais expostos após causar uma confusão em um colégio infantil em Campo Grande (MS). Na Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça, ele empurrou uma criança negra de 4 anos que abraçava seu filho.
O incidente, ocorrido na segunda-feira (11), está sendo investigado pela Polícia Civil, que, até o momento, não identificou indícios de racismo, embora Miranda tenha histórico de publicações racistas em suas redes sociais.
Durante as eleições de 2018, Kelver compartilhou uma foto com duas imagens, uma representando uma bandeira nazista e outra uma arma, acompanhadas da legenda: “Morte à negrada” e “Bolsonaro presidente”. Esse comportamento levanta questionamentos sobre o possível viés racista do agressor.
O incidente na escola ocorreu por volta das 7 horas da manhã de segunda-feira. Kelver, que acompanhava a entrada de seu filho, reagiu de forma agressiva ao ver a criança negra abraçando seu filho, alegando que este tem fobia a abraços. Após ser ignorado pelas profissionais da escola, ele adentrou a instituição e empurrou a diretora, de 69 anos, além de afastar bruscamente a criança de 4 anos de seu filho.
Segundo relatos, Kelver ainda proferiu palavras não identificadas à criança, antes de ser conduzido para fora da escola pela Guarda Civil Metropolitana.
Posteriormente, retornou à instituição para “repensar sua atitude”, conforme depoimento à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA). Durante esse retorno, teria orientado seu filho a agredir qualquer criança que se aproximasse dele.
Os pais da criança agredida buscam transferi-la para outra escola, preocupados com sua segurança e bem-estar. A descoberta das publicações racistas de Kelver gerou revolta nas redes sociais, com internautas inundando suas postagens com ameaças e xingamentos. O bolsonarista também mantém posts que incentivam o uso de armas e mensagens “patriotas” em sua conta no Facebook.
As autoridades continuam investigando o caso, analisando o vídeo das câmeras de monitoramento da escola. Até o momento, não foram identificados indícios de racismo, mas a apologia ao nazismo e racismo são crimes passíveis de pena de um a três anos de reclusão, além de multa, de acordo com os investigadores.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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