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Confirmado, no início de noite, como porta-voz do Governo, o general Otávio Santana do Rego Barros acha que a juventude estava sendo ” introjetada nas faculdades e nos colégios de ensino médio por professores”  ressentidos pelo regime militar, que “passavam a colocar a narrativas deles contrária à gente para essa garotada”.

Segundo ele, é preciso fazer um “combate de domínio da narrativa” e o “campo de batalha” desta guerra é o da mídia social.” Cujo objetivo é o de influenciar a juventude que será ” advogado da instituição [o Exército] daqui há cinco, dez, 20 anos. O advogado não que você necessariamente comprou ou pagou, mas que está capturado pela percepção e te defende. ”

Os conceitos do general, explanados  em entrevista dada à Folha de Pernambuco em junho passado, vão, portanto, muito além do simples dever governamental de informar, com clareza, sobre atos e projetos da administração.

E ficam bem próximos da frase que define a verdade como a primeira vítima das guerras.

Jair Bolsonaro vai completando, assim, o que pode ser o maior dano às Forças Armadas desde o desprestígio colhido pelo regime militar.

E consagrando o governo tuiteiro, cujo tamanho das mensagens é tão limitado e o teor tão bélico que, de fato, corresponde aos atuais governantes.

O problema é que, ao contrário do que se faz no Twitter, é mais complicado “apagar” o que disser o general.

POR FERNANDO BRITO