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Investigação arquivada em abril tinha como base a mesma denúncia feita pela AstraZeneca contra a empresa que tem Renato Cariani como sócio e levou à operação da PF na terça-feira

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) arquivou um inquérito aberto contra Renato Cariani oito meses antes da operação da Polícia Federal (PF) ,que teve o empresário e fisiculturista como alvo pela suspeita de integrar um esquema de desvio de substâncias químicas para a produção de crack. De acordo com o Metrópoles, o caso arquivada tem como base a mesma denúncia feita pelo laboratório AstraZeneca, um dos fabricantes de vacina contra a Covid-19, que levou a PF a deflagrar a ação da terça-feira (12) que teve a empresa Anidrol, ligada a Cariani, como um dos alvos centrais. 

“Além da denúncia do laboratório, a Polícia Civil ouviu uma representante da AstraZeneca que contou aos investigadores sobre as notificações recebidas da Receita Federal por causa de transações suspeitas que teriam sido feitas com a Anidrol, da qual Cariani é sócio. O Fisco havia identificado dois pagamentos de R$ 212 mil em dinheiro vivo que a AstraZeneca não reconhece ter feito para a empresa do influencer”, ressalta a reportagem. >>> Depósito de R$ 212 mil em espécie levou PF a influencer Renato Cariani

O promotor Eduardo Soares Amaral acolheu a versão de Cariani em abril e disse que os documentos apresentados pelo influencer apontavam que “falsários conseguiram estabelecer uma roupagem eficiente para ludibriar a empresa vendedora e promover a aquisição dos insumos químicos” em nome do laboratório AstraZeneca. >>> Cariani e seus sócios são “verdadeiros empresários do crime”, diz Ministério Público

“Neste cenário, não há elementos viáveis a estabelecerem vínculo entre a empresa Anidrol e o desvio de produtos químicos”, destacou o promotor ao solicitar o arquivamento do caso, de acordo com a reportagem.  >>> Renato Cariani diz ‘não ter noção’ das razões que o tornaram alvo de operação da PF

No desfecho da investigação da PF, que contou com o apoio do Gaeco, contudo, foram obtidos indícios de que um amigo de Cariani, Fábio Spínola, teria registrado o e-mail do falso representante da AstraZeneca em nome de um homem falecido em 1929.  >>> Quem é o homem apontado como o elo central de Renato Cariani com o tráfico

Spínola já havia sido detido pela PF por ligação com o tráfico de drogas, no âmbito da Operação Down Fall, que apreendeu mais de R$ 2,1 milhões e cumpriu 30 mandados de prisão no Porto de Paranaguá (PR). Ele foi solto recentemente e cerca de R$ 100 mil em dinheiro foram apreendidos durante a operação desta terça-feira.  >>> Internautas resgatam foto de sócia de Cariani, suspeita de fornecer produtos para o tráfico, em manifestação bolsonarista

A PF também obteve a quebra de sigilo do influencer e interceptou mensagens entre Cariani e Roseli Dorth, sócia da empresa investigada, em que ele disse saber que era monitorado pelos investigadores. Em uma delas, Cariani disse para a sócia “trabalhar no feriado para arrumar de vez a casa e fugir da polícia”. >>> Em mensagens, Renato Cariani revelou planos de “arrumar a casa e fugir da polícia”, diz PF

Com informações do Brasil 247

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