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Vereador fascista invade escola e agride professor em Uberlândia

É preciso barrar o fascismo

Mais um caso de fascistas invadindo escolas, é preciso mobilizar professores e alunos para barrar o fascismo

Nesta semana o vereador fascista Cristiano Caporezzo do PATRIOTA, invadiu uma escola municipal na cidade de Uberlândia em Minas Gerais, gravando vídeos do local e atacando professores e funcionários. O vereador chegou a agredir um professor afirmando que na escola estaria sendo praticada uma espécie de “doutrinação” da esquerda com os alunos. O mesmo vereador já ficou conhecido meses atrás por práticas de agressão e constrangimento de professores e trabalhadores, inclusive tendo sido requerido um pedido de cassação a sua candidatura.

O caso demonstra o quão confortável estão os fascistas no país e a necessidade de se organizar uma verdadeira mobilização capaz de derrotar de vez o golpe e a extrema-direita. Não será por meio da cassação de um indivíduo que o problema estará resolvido, muito pelo contrário. É preciso organizar comitês de auto defesa com os trabalhadores e realizar uma intensa campanha de mobilização.

Sobre o ocorrido, o PT de Uberlândia publicou uma nota oficial denunciando o caso. Confira:

REPÚDIO AO VEREADOR NEOFASCISTA AGRESSOR DE PROFESSOR E DE ESCOLA

A Executiva Municipal do PT Uberlândia repudia o vereador neofascista Cristiano Caporezzo pela sua dupla atitude arbitrária contra o professor Diogo e a Escola Estadual Antônio Thomaz Rezende, nesta cidade. É ilegal e inaceitável o vereador se achar um sherife para invadir uma escola na tentativa de constranger o professor, a diretora e funcionários.

Em nome de denunciar o que ele considerou “doutrinação”, o vereador usou de um vídeo gravado sem consentimento e que viola o direito à preservação da imagem. Um vídeo editado fora de contexto com a finalidade de servir a objetivos obscurantistas de uma “escola da mordaça” na qual não se admite a crítica.

Pode o vereador ou qualquer cidadão em seus direitos denunciar ou propor investigação de conduta contra um servidor, cabendo aos órgãos públicos agir. Mas o vereador não tem o direito fazer justiça com as próprias mãos nem de expor um professor à execração pública a partir de seus valores pessoais retrógrados. Utilizar um vídeo ilegal fora de contexto da aula para enxovalhar um professor nas redes bolsonaristas é grave atitude criminosa que atenta contra a cidadania e a liberdade. Por isso, o ato do vereador deve ser apurado e punido pela Câmara Municipal.

A Constituição e a LDB afirmam que a educação é exercida para formar cidadãos críticos e autônomos, e a liberdade de cátedra é um princípio legal dessa concepção democrática. O professor foi correto ao dizer que defender o racismo, a xenofobia e a lgbtfobia é crime. Está na Constituição e nas leis. Um presidente nem pessoa alguma está acima das leis.