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Frente ampla é rechaçada pelas bases do PT: nada de Alckmin!

Ninguém quer a frente ampla

A fofoca da imprensa burguesa, de que Alckmin seria um possível vice de Lula, vem sendo completamente rechaçada pela base petista, demonstrando a impopularidade da frente ampla

Recentemente a ideia de que o ex-presidente Lula busca uma aliança com o tucano Geraldo Alckmin passou a ser propagada pela imprensa burguesa. Em uma fofoca da Folha de S.Paulo, um jornal da burguesia golpista e principal defensor da frente ampla contra o PT, Lula estaria costurando uma aliança com o PSDB para as eleições de 2022, ou seja, uma aliança com o principal partido da direita golpista para concorrer contra Bolsonaro.

Uma fofoca da imprensa burguesa

A ideia que até o momento não passa de uma fofoca capciosa da imprensa burguesa já vem ganhando grande repercussão, sobretudo no interior do Partido dos Trabalhadores, que vê em suas bases uma forte mobilização contra a frente ampla, seja com os tucanos ou com qualquer figura da burguesia. Tendo seu nome completamente rechaçado pela militância petista, Geraldo Alckmin ainda foi atacado por importantes figuras do sindicalismo cutista, como Bebel Noronha ─ presidenta da APEOSP e deputada estadual pelo PT ─, que, no conselho da organização sindical, declarou que não irá aceitar qualquer aliança de Lula com um dos principais carrascos dos professores no estado de São Paulo.

Bebel sabe do ódio de toda militância de base do PT, dos professores que ela representa e também de todos os trabalhadores contra a figura do ex-governador de São Paulo. As declarações da sindicalista reforçam uma forte tendência de toda base petista contra a política de frente ampla com a burguesia. Ninguém quer Alckmin como vice de Lula e isso desde já se mostrou comprovado.

Essa posição tomada por importantes figuras do PT reforça a candidatura de Lula como uma candidatura que represente a luta popular contra o regime golpista. Por outro lado, a burguesia, neste caso representada pela Folha de S.Paulo e todo o Partido da Imprensa Golpista (PIG), busca com estas “notícias” atacar a candidatura petista, desmoralizando Lula ao colocá-lo ao lado de figuras como Alckmin e outros nomes do golpe.

Trabalhadores rechaçam frente ampla

Setores da imprensa burguesa buscam colocar a suposta chapa como um avanço eleitoral para Lula, o que frente à enorme impopularidade vista em relação a Alckmin, não passa de uma farsa. Outros na imprensa especulam que esta chapa poderia vir a se tornar até mesmo um substituto à terceira via, algo que novamente não passa de um ataque à própria candidatura de Lula.

Se para alguns setores da ala direita do PT, impulsionadores da política de frente ampla no interior do partido, há enormes ilusões com estas negociações feitas com setores da burguesia, por outro lado os golpistas não querem saber do PT. A ala direita do PT busca criar uma aliança de frente ampla com setores locais da burguesia e da dita “direita democrática”, a mesma propagada pela Folha de S.Paulo e Rede Globo. A ilusão é que Lula poderia ser aceito mais uma vez pela burguesia que o permitiu ser eleito em 2002. No entanto, o cenário hoje é completamente diferente de duas décadas atrás, e toda a burguesia que deu um golpe de estado contra o PT não pretende de forma nenhuma permitir que o partido, hoje representando a mobilização popular, volte a governar.

A burguesia na realidade tem como plano número 1 a candidatura da terceira via, seja ela representada por Doria, ou até mesmo pelo novo concorrente, o ex-juiz Sergio Moro, que já foi capa da revista Veja e passou claramente a ser apoiado pelos principais setores do imperialismo, como uma candidatura abertamente anti-Lula.

Dessa maneira a política de tentar fazer Alckmin vice de Lula não é só um ataque contra a própria candidatura petista, como também algo que não serviria para gerar qualquer apoio ao partido nas eleições, ao contrário do que imagina a ala direita do PT. No final, seja em forma de fofoca da imprensa golpista ou de ilusões da ala direita do PT, esta candidatura a vice não poderá prosperar. Nesse sentido, o próprio jornal O Globo admitiu ser praticamente inviável, após a forte repercussão negativa, de que essa chapa seja consolidada, mesmo que por fim declara não ser “impossível”, revelando mais uma vez não passar de uma campanha contra Lula e o PT.

Lula é a candidatura que representa a luta contra o golpe

Lula hoje tem em sua candidatura a representação da luta contra o golpe de estado, justamente contra figuras como Alckmin, Serra, João Doria e Jair Bolsonaro. Na base petista, assim como em toda base da esquerda, há um grande avanço na consciência política, cada vez mais à esquerda, com uma crescente vontade de manter nas ruas a mobilização contra o governo Bolsonaro e a defesa da candidatura do ex-presidente Lula.

Tal situação foi expressa na Plenária do Bloco Vermelho, por Fora Bolsonaro e Lula Presidente, realizada no início de novembro em São Paulo. Nesse evento, sob a liderança do Partido da Causa Operária (PCO), militantes de toda esquerda, sobretudo do PT e de movimentos populares, organizaram caravanas de todo país rumo à Plenária Nacional e decidiram de conjunto lançar uma verdadeira campanha de rua por Lula Presidente. Na mesma ocasião, um primeiro ato por Lula Presidente foi realizado na Avenida Paulista, com uma forte e positiva recepção da população.

Assim, nesse mesmo sentido um novo ato nacional está sendo convocado para o dia 12 de dezembro, também em São Paulo. É preciso intensificar estas iniciativas por Lula Presidente à medida que a burguesia ataca a candidatura de Lula. As eleições se aproximam e, com a entrada de Moro, fica visível que a burguesia fará uma intensa campanha contra o ex-presidente Lula, voltando o acusá-lo sem provas de crimes dos quais nunca cometeu e voltando com a ameça de prisão.

Neste cenário, apenas uma intensa campanha de rua e de mobilização de todos os trabalhadores poderá ser capaz de sustentar a candidatura de Lula e levá-la à vitória. As eleições serão uma guerra, devemos rechaçar a frente ampla e impulsionar a luta contra o golpe de estado.