O ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro filia-se ao Podemos e coloca-se “à disposição” para liderar um projeto nacional. Pesquisa Genial/Quaest mostra que Moro tiraria votos de Jair Bolsonaro e seria o melhor nome para a “terceira via” nas eleições de 2022.
Ainda assim, uma pergunta fica em aberto: isso é suficiente para bater Lula? Segundo a pesquisa, se a eleição fosse hoje, Lula venceria no primeiro turno. O que poderia mudar até a eleição de 2022?
Para falar sobre o assunto, Luis Nassif recebeu na TV GGN 20h desta quarta-feira (10/11) Felipe Nunes, PhD em Ciência Política e diretor da Quaest.
Segundo Felipe Nunes, a pesquisa Quaest/Genial tem obtido espaço no mercado pela sua autonomia e independência, além da adoção de uma metodologia de pesquisa
Diante disso, Nunes explica que “as expressões de intenção de voto e de avaliação de governo” são transitórias. “As pessoas podem mudar sua opinião em relação a isso”.
Economia será palavra de ordem em 2022
Nesse sentido, Felipe Nunes afirma que existe um ponto que pode ser considerado definitivo: a economia será o tema da eleição de 2022. “Ou seja: hoje, o governo Bolsonaro vem apresentando uma queda significativa na sua avaliação”.
Segundo Nunes, que também é professor da UFMG, uma análise dos dados mostra que a rejeição do governo subiu de 45 para 56 pontos entre os meses de agosto e novembro, enquanto a avaliação positiva saiu de 26 para 19 pontos.
“É a primeira vez que a gente tem uma pesquisa mostrando o Bolsonaro abaixo dos 19 pontos na avaliação positiva”, diz Nunes. “É claro que isso pode mudar, agora para isso ele tem que mudar a percepção, que eu acho que é definitiva, de que a economia anda muito mal”
“Nesse mesmo período que a gente analisou, a gente viu uma troca… A pandemia era o principal problema do país em julho, hoje é o terceiro principal problema. O primeiro é a economia”, diz o diretor da Quaest.
A partir deste ponto, Felipe Nunes lista temas dentro do guarda-chuva econômico que vão de encontro com a preocupação do cidadão comum, como o desemprego e a inflação, além da falta de crescimento econômico.
Em outras palavras: “se o governo não for capaz de mudar essa percepção (…) é difícil que o governo se recupere, mas eu ainda acho que a avaliação é mais volátil do que a percepção sobre a economia”, diz Felipe Nunes.
Se a economia melhorar, Bolsonaro pode vencer em 2022?
Sobre uma eventual mudança de percepção de Bolsonaro com a melhora da economia, Felipe Nunes diz que a tanto a literatura em ciência política como estudos internacionais mostram que “a eleição nacional é geralmente uma eleição sobre a economia”.
Sob o mesmo ponto de vista, o diretor da Quaest explica que “existem vários exemplos de presidentes que se envolvem em escândalos de corrupção, mas que são reeleitos quando a economia do país vai bem”.
Neste caso, a exceção ficou com Donald Trump, “que teve uma eleição no auge da pandemia. E aí a pandemia pesou muito na decisão do eleitor norte-americano”, ressalta Nunes.
“No caso do Brasil, quando a gente cruza os dados pela avaliação da pandemia e da economia, a gente percebe que o peso da economia é muito maior”, explica o diretor da Quaest.
Apesar de Nunes ressaltar que muita gente considera tal percepção paradoxal, ele ressalta que é isso o que os dados mostram. “É o bolso que está contribuindo para esse mau humor do eleitor, e não a percepção sobre corrupção ou sobre o desempenho da pandemia”, afirma Felipe Nunes.
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