youtube facebook instagram twitter

Conheça nossas redes sociais

Até o momento, Bolsonaro arrecadou R$ 10 milhões em doações individuais, principalmente do setor do agronegócio

O presidente Jair Bolsonaro (PL) contratou o coronel da reserva Marcelo Lopes de Azevedo para responder pela função de tesoureiro de sua campanha à reeleição. Por sua vez, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou o caixa da candidatura ao deputado Márcio Macêdo, do PT de Sergipe. A busca de dinheiro nas duas principais campanhas ao Palácio do Planalto, porém, envolve figuras mais influentes que os tesoureiros oficiais.

No comitê de Bolsonaro, a tarefa de obter recursos foi delegada especialmente ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Entre os arrecadadores atuam também ex-ministros, como o general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa. Na campanha petista, a função de conseguir recursos envolve uma equipe maior, formada por advogados próximos de Lula.

Até o momento, Bolsonaro arrecadou R$ 10 milhões em doações individuais, principalmente do setor do agronegócio. Lula amealhou somente R$ 385 mil. Antes de a campanha começar, porém, o PT havia angariado R$ 10,8 milhões em contribuições de ruralistas, advogados, investidores e do setor de saúde. O PL também arrecadou, mas optou por ocultar temporariamente as contribuições destinadas ao partido na pré-campanha.

DOBRADINHA

No assédio a potenciais doadores para a campanha à reeleição, Flávio e Costa Neto atuam em dobradinha. A divisão do dinheiro e a contratação de despesas passam por ambos. Do outro lado, o tesoureiro Márcio Macêdo tem experiência em controlar as finanças do PT. Em 2015, com a confiança de Lula, ele assumiu a tesouraria nacional do partido, no auge da Lava Jato, que atingiu outros titulares da função como Delúbio Soares, José de Filippi Jr., João Vaccari Neto e Edinho Silva.

Na atual disputa presidencial, Macêdo participa de reuniões, mas o trânsito é facilitado por empresários e advogados ligados a Lula. Os advogados Walfrido Warde e Marco Aurélio de Carvalho, do Grupo Prerrogativas, já organizaram jantares para levantar doações e aproximar o candidato de empresários. Um deles levantou cerca de R$ 4 milhões, segundo um dos promotores. Os encontros vão se repetir, de acordo com conselheiros de Lula.

HISTÓRICO

Desde a década de 1990, tesoureiros de campanha figuram no noticiário político e policial. O caso mais emblemático foi a morte de Paulo César Farias, o PC Farias, tesoureiro da campanha vitoriosa do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1989. Ele emprestaria nome a um esquema de corrupção que culminou no impeachment e seria encontrado morto em Maceió (AL), em 1996. Mais recentemente, tesoureiros se envolveram em episódios de corrupção, como o mensalão, a Lava Jato e o caso JBS.

Quem desempenhou a função de tesoureiro sempre evitou holofotes. As doações oficiais, declaradas e legais, conviveram por anos com uma realidade obscura de caixa 2 e contribuições irregulares, como revelou a Lava Jato, por exemplo. Para minimizar a influência da prática, desde 2015 as doações de empresas privadas foram proibidas, e o financiamento eleitoral passou a ser feito, majoritariamente, com verbas públicas dos fundos eleitoral e Partidário, repartidas entre os candidatos. Pessoas físicas ainda podem contribuir, até o limite de 10% de sua renda individual.

Se antes administravam recursos milionários, sem limites preestabelecidos, hoje os tesoureiros das campanhas convivem com um teto de gastos, financiamentos coletivos pela internet e manejam menos dinheiro. Nem sempre são eles os encarregados de procurar diretamente os empresários com maior poder de fogo, tarefa desempenhada agora por caciques partidários, arrecadadores “informais” e aos próprios candidatos.

O comitê de Bolsonaro contratou ainda a tenente da ativa Cristiane de Souza Pontes, que auxilia o coronel Marcelo Lopes de Azevedo. O coronel recebeu R$ 50 mil pelo serviço de administrador financeiro da campanha, enquanto a auxiliar, R$ 22 mil. Os dados constam em declarações informadas à Justiça Eleitoral. Conforme dados do Portal da Transparência, o coronel está aposentado, mas a tenente, não.

Desde a década de 1990, tesoureiros de campanha figuram no noticiário político e policial. O caso mais emblemático foi a morte de Paulo César Farias, o PC Farias, tesoureiro da campanha vitoriosa do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1989. Ele emprestaria nome a um esquema de corrupção que culminou no impeachment e seria encontrado morto em Maceió (AL), em 1996. Mais recentemente, tesoureiros se envolveram em episódios de corrupção, como o mensalão, a Lava Jato e o caso JBS.

Quem desempenhou a função de tesoureiro sempre evitou holofotes. As doações oficiais, declaradas e legais, conviveram por anos com uma realidade obscura de caixa 2 e contribuições irregulares, como revelou a Lava Jato, por exemplo. Para minimizar a influência da prática, desde 2015 as doações de empresas privadas foram proibidas, e o financiamento eleitoral passou a ser feito, majoritariamente, com verbas públicas dos fundos eleitoral e Partidário, repartidas entre os candidatos. Pessoas físicas ainda podem contribuir, até o limite de 10% de sua renda individual.

Se antes administravam recursos milionários, sem limites preestabelecidos, hoje os tesoureiros das campanhas convivem com um teto de gastos, financiamentos coletivos pela internet e manejam menos dinheiro. Nem sempre são eles os encarregados de procurar diretamente os empresários com maior poder de fogo, tarefa desempenhada agora por caciques partidários, arrecadadores “informais” e aos próprios candidatos.

O comitê de Bolsonaro contratou ainda a tenente da ativa Cristiane de Souza Pontes, que auxilia o coronel Marcelo Lopes de Azevedo. O coronel recebeu R$ 50 mil pelo serviço de administrador financeiro da campanha, enquanto a auxiliar, R$ 22 mil. Os dados constam em declarações informadas à Justiça Eleitoral. Conforme dados do Portal da Transparência, o coronel está aposentado, mas a tenente, não.

NOMES

O candidato do PDT, Ciro Gomes, apresentou Laudênio Antonio de Oliveira Bastos como administrador financeiro de sua campanha. Laudênio faz parte da equipe do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), aliado de Ciro. O próprio tesoureiro fez a única doação direta à campanha de Ciro, de R$ 1 mil.

Simone Tebet (MDB) não arrecadou nada até agora. Na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral, a candidata declarou que o advogado Gustavo Loyola é o administrador financeiro da campanha.

Estadão Conteúdo

Siga nossas redes sociais

https://linktr.ee/jornaltaguacei
https://linktr.ee/ceilandiaemalerta