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Depois que o voto impresso foi derrotado no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro teve um novo surto diante de seguidores: falou de uma conspiração entre o PT, o Foro de São Paulo, as Farc, o PCC e o TSE para tomar dele 12 milhões de votos em 2018.

Bolsonaro disse três vezes não ter provas, mas a essa altura espalhou fake news. No vídeo que circula no twitter, parece haver um mugido quando o presidente faz suas acusações.

Para Erika Kokay (PT-DF), que é psicóloga, o presidente promove o negacionismo estrutural — ou seja, não apenas relativo à pandemia de covid-19.

https://twitter.com/i/status/1425503555868299268

Trata-se de negar continuamente a realidade que lhe causa desconforto: as rachadinhas da família seriam mera perseguição política; as mortes por covid teriam sido causadas pelo STF; o Centrão, antes escorraçado, o aliado para enfrentar instituições corruptas.

Com isso, o presidente dá satisfação contínua à sua base eleitoral, dizendo-se vítima de um sistema podre que quer evitar qualquer tipo de reforma do outsider.

Ao mesmo tempo, conforme disse ao Viomundo a sindicalista Marcela Machado, o Centrão trabalha para fortalecer seu poder nos municípios brasileiros, no que seria uma volta à República Velha através, especialmente, da PEC 35, a da reforma administrativa.

A PEC dá aos prefeitos o direito de indicar funcionários precarizados para posições-chave e privatizar praticamente qualquer serviço público. Somando isso à municipalização da reforma agrária, os prefeitos ganhariam um poder extraordinário para beneficiar correligionários e amigos nos negócios locais.