Reportagem assinada por Jack Nicas, chefe do escritório do jornal no Brasil, aponta que o risco é real e não pode ser subestimado
“Os líderes das Forças Armadas do Brasil de repente começaram a levantar dúvidas semelhantes sobre a integridade das eleições, apesar de poucas evidências de fraudes anteriores, aumentando as já altas tensões sobre a estabilidade da maior democracia da América Latina e sacudindo uma nação que sofria sob uma ditadura militar de 1964 a 1985”, prossegue o jornalista, lembrando que Bolsonaro sugeriu que os militares devem realizar sua própria contagem paralela.
Nicas cita a opinião de Almir Garnier Santos, comandante da Marinha. “O presidente da república é meu chefe, é meu comandante, tem o direito de dizer o que quiser”, disse Garnier Santos. “Quanto mais auditoria, melhor para o Brasil”, acrescenta o militar.CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
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Em sua reportagem, ele também aponta diferenças entre os Estados Unidos, sob Donald Trump, e o Brasil, sob Bolsonaro. “O tumulto do ano passado no Capitólio dos EUA mostrou que as transferências pacíficas de poder não são mais garantidas, mesmo em democracias maduras. No Brasil, onde as instituições democráticas são muito mais jovens, o envolvimento dos militares na eleição está aumentando os temores”, escreve.
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