Por: Isabela Alves
Em 2016, o número de óbitos evitáveis entre crianças de um a quatro anos cresceu 11% no país, segundo o DATASUS (Tecnologia da Informação a Serviço do SUS).
Os dados apontam que a mortalidade infantil entre crianças de um e quatro anos se deu especialmente entre brancos e pretos (14%) e indígenas (17%). Apenas Mato Grosso, Santa Catarina, Distrito Federal, Sergipe e Tocantins diminuíram seus índices de mortes evitáveis nesta faixa etária. Em Roraima, o aumento chegou a 43% e, se olhados os dados referentes aos indígenas, o número de mortes se elevou em 106%.
Segundo um estudo divulgado na revista científica Plos Medicine, cortes orçamentários em saúde básica e assistência social podem levar a até 20 mil mortes e 124 mil hospitalizações de crianças com menos de 5 anos até 2030. Mortes que poderiam ser evitadas com investimentos no programa Estratégia Saúde da Família e no Bolsa Família.
Em 2000, a taxa de mortalidade infantil era de 30,1 por 1.000 nascidos vivos. Em 2016, a taxa era de 14,9. Isso significa que o Brasil conseguiu reduzir a taxa de mortalidade na infância pela metade. Por outro lado, o aumento registrado entre 2015 e 2016 serve de sinal de alerta para o impacto negativo da recessão econômica, dos cortes de políticas sociais e do aumento da pobreza no país.