Um ano da prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado em sessão especial realizada na Câmara de Vereadores de Aracaju, realizada na manhã desta sexta-feira, dia 12, resultado de uma propositura do vereador Camilo Lula (PT). O deputado federal João Daniel (PT) participou da sessão especial e destacou a importância de se debater os equívocos jurídicos cometidos em todo transcurso do processo contra o ex-presidente e sua prisão política, mesmo tendo havido tantas denúncias de entidades e juristas brasileiros e organismos internacionais. O ato teve a participação do senador Rogério Carvalho, dos vereadores Isac Silveira (PCdoB) e Carlito Alves (PR), Coletivo Juristas pela Democracia, além de representantes de movimentos sociais, sindical e estudantil.
“O presidente Lula foi condenado sem que nenhuma prova concreta fosse apresentada contra ele. Apenas fatos indeterminados e convicções. Sua prisão fez parte do golpe dado no Brasil em 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff e como forma de mantê-lo fora da disputa eleitoral, para que não fosse, mais uma vez, eleito para a Presidência da República”, afirmou João Daniel. Em sua fala, o deputado parabenizou o vereador Camilo pela realização da sessão especial para tratar desse tema tão importante, por manter uma postura firme na defesa dos princípios da classe trabalhadora.
Segundo ele, no último domingo, dia 7, se completou um ano na prisão política do presidente Lula e grande parte da sociedade está indignada com esse processo político criado contra o presidente Lula, um mandatário da nação que conseguiu deixar a Presidência em seu segundo mandato com 87% de aprovação em nível bom e ótimo, conseguindo reeleger sua sucessora. Ao fazer um relato de toda perseguição a Lula, João Daniel analisou os fatores que levaram aos processos judiciais, sua condenação e prisão, como o fato de ter possibilitado a melhoria na qualidade de vida dos brasileiros, oportunizado as camadas mais pobres terem acesso a educação, moradia, bens de consumo, ter mudado a postura do país nas relações internacionais, investimentos em pesquisa e ciência, entre outros avanços obtidos nos oito anos de seu governo.
Embora tenha sido nos governos do PT que tenha havido o maior aparelhamento das entidades de controle e fiscalização, a exemplo da Polícia Federal, para que atuassem com isenção e liberdade, foi sob o discurso do combate à corrupção que o presidente Lula foi perseguido, condenado e preso, porque precisava ser retirado do processo eleitoral e agora não permitem sua libertação pois sabem as consequências que isso pode gerar. “Não podem libertar o presidente Lula porque ele é uma ideia. Não é só um presidente que fez promessa e cumpriu. Eles sabem que se Lula for solto fará um grande debate e a população ouve o Lula. Mas nós precisamos continuar nesta luta para termos o presidente Lula livre”, disse.
João Daniel destacou que, para isso, é fundamental a instalação de Comitês Lula Livre por todos os municípios, para que estejam debatendo com a população sobre a perseguição ao ex-presidente e a necessidade dele estar livre.
A advogada Juliana Barreto, do coletivo Juristas pela Democracia, fez um relato de toda denúncia, julgamento e perseguição ao ex-presidente Lula, apontando as inconsistências e erros cometidos na trajetória jurídica da condenação. “Ao se lutar por Lula Livre, lutamos por um estado democrático de direito”, arrematou.
A sessão especial também teve a presença de representantes da Central Única dos Trabalhadores, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Sergipana dos Estudantes Secundaristas (Uses), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Sindimina, Fórum Sergipano de Religiões de Matriz Africana, além de outros movimentos sociais e sindical.
Por Edjane Oliveira, da Assessoria de Imprensa
Fotos: Márcio Garcez e César Oliveira