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Em meios às recorrentes tentativas de criminalização e enfraquecimento do movimento sindical, uma sentença judicial sinalizou mais uma importante vitória para o reconhecimento da luta da classe trabalhadora: o dirigente da CUT Brasília e do Sindicato dos Rodoviários do DF, Marcos Junio, e outros três companheiros,  foram absolvidos em primeira instância no processo que os acusava de dano qualificado, lesão corporal, constrangimento ilegal e atentado contra a segurança de outro meio de transporte.

“Essa vitória dá muita energia para continuar correndo atrás dos prejuízos, afinal, os trabalhadores são perseguidos diuturnamente pelos patrões. Para a conquista ser 100%, basta, agora, que os vigilantes saiam vitoriosos”

O caso ocorreu em fevereiro do ano passado, durante uma paralisação da categoria rodoviária. Marcos Junio tentava mediar um conflito entre patrões e grevistas, mas acabou sendo agredido com uma barra de ferro por um dono de ônibus da Cootarde. No calor da emoção, como mostrou a filmagem das câmeras de segurança, três motoristas se envolveram no embate para defender o sindicalista.

No entanto, mesmo sendo o autor da tentativa de agressão, o cooperado foi liberado e os três grevistas detidos. Marcos Junio, por sua vez, com mandado de prisão expedido, ficou impedido de realizar as atividades sindicais e os demais trabalhadores, que estavam há meses sem salário, até hoje não receberam os ordenados atrasados.

Para a advogada que acompanhou o caso, dra. Marília Fontenele, a absolvição dos rodoviários se configura como mais uma vitória contra a criminalização do movimento grevista. “Estamos na batalha há um ano, carregando esse processo e com o agravante de que a Cootarde se habilitou como assistente na acusação e fez de tudo para criminalizar o movimento”, avaliou.

Fontenele lembra que a cooperativa de transporte esteve envolvida na Operação Checklist, na qual a Polícia Civil investigava o pagamento de propina por empresas de ônibus para servidores da Secretaria de Mobilidade do DF. A operação resultou, inclusive, no afastamento do presidente da Cootarde.

“De um lado estavam os trabalhadores, pais de família, e do outro, uma empresa envolvida em esquema de corrupção”, lamenta a magistrada.

Já Marco Junio avalia a conquista como incentivo para continuar a incansável luta pela manutenção dos direitos dos trabalhadores. “Essa vitória dá muita energia para continuar correndo atrás dos prejuízos, afinal, os trabalhadores são perseguidos diuturnamente pelos patrões. Para a conquista ser 100%, basta, agora, que os vigilantes saiam vitoriosos”, afirmou o dirigente.

Fonte: CUT Brasília