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Boletim do JN 11-02
Na edição dessa terça-feira passada, (11/02), a velha e escrota parceria reeditada. Mesmo modus operandi, mesmo tom, mesmíssimo repertório – que estava ressurgindo aos poucos, havia vários indícios pela mídia.
A reportagem mostra o relatório de uma ONG internacional que já manteve tradicional parceria com a Operação Lava Jato a percepção de corrupção em vários países, incluindo o Brasil.
Por aqui, segundo a tal sondagem, que ouve grupos bem específicos, a percepção de corrupção aumentou – e isso já basta para condenar o país e o governo Lula. Com mais de cinco minutos, a reportagem do JN traz à cena o velho repertório que foi a cola da parceria mais calhorda de que se tem notícia neste país em tempos recentes: JN e Lava Jato.
Até o jornalista foi o mesmo das reportagens que garantiram a Sergio Moro o status de herói: Vladimir Neto.
Com voz empostada, o mesmo Vladimir amigo de Moro e Dallagnol, que foi realocado pra cobrir meio ambiente, volta para anunciar que a tal ONG ouviu “especialistas” em 180 países e que o Brasil ficou na posição 137, com apenas 34 pontos – “pior índice desde que o ranking foi criado, há 12 anos”.
É indecente, pra dizer o mínimo.
Na semana em que emerge o escândalo do Congresso, em que o relatório da PF sobre a tentativa de golpe do presidente anterior está pronto e será apresentado pelo PGR, o jornal repete a mesma fórmula fraudulenta de trazer o repertório corrupção para macular um governo do PT.
E com aquela estrategiazinha bem vagabunda de trazer uma voz internacional para não deixar dúvidas. É podre.
A reportagem informa que, segundo a tal ONG, entre os pontos negativos que pesaram sobre o desempenho do Brasil está “o silêncio reiterado do presidente Lula sobre a pauta anticorrupção”.
É um acinte uma colocação dessas, uma vergonha, uma safadeza, com esse Congresso e as emendas, com todos os casos do governo Bolsonaro.
E não para por aí, vejam bem o nível da cretina desonestidade, pela voz de Vladimir Neto: “Segundo a Organização Internacional, dos 465 discursos registrados no Portal da Presidência da República entre 2023 e 2024, Lula citou “corrupção” em apenas 15 ocasiões”.
Tudo reproduzido com a imagem em destaque do presidente. É tão absurda essa construção, tão sem vinculação a um fato concreto que mostre que há corrupção, que não dá sequer pra fazer uma análise, só constatação: é pilantrice sem disfarce.
Claro, o relatório da tal ONG cita o novo PAC e a ”falta de transparência”. Lembro aqui minha amiga, a professora Maria Luiza Alencar que, em 2023, numa conversa num evento, disse que esse discurso da corrupção iria se voltar contra o PAC, porque o programa é muito importante, especialmente para o Nordeste.
O relatório também cita a Petrobras – empresa quase destruída pela versão 2014 da parceria Mídia-Lava Jato – e aponta “ingerência política”.
Para não ficar tão feio, eles citam também as emendas parlamentares, bem rapidamente.
O relatório ainda aponta como índice prejudicial as anulações “em série, determinadas pelo STF, decorrentes da anulação de provas produzidas pelo acordo de leniência firmado pelo Grupo Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato”.
O documento é tão estapafúrdio que faz uma vinculação absurda ao crime organizado, levando à inferência de que isso se dá no âmbito do governo Lula:
“O ano de 2024 foi mais um a consolidar no Brasil esta trajetória de captura do Estado, de cada vez mais difícil reversão. As evidências de que entramos no estágio avançado deste fenômeno já estão se tornando claras: a presença cada vez maior e explícita do crime organizado nas instituições de Estado”.
E aí vem o representante da tal ONG para dizer que a situação, agora, é muito séria e existe um risco, pois o “nível de corrupção sistêmica é uma ameaça real e permanente à democracia”. Ameaça à democracia.
Está instituído o medo. Lula não pronunciar a palavra corrupção equivale à trama golpista que pretendia matá-lo e ao ataque às instituições e à Praça dos Três Poderes. Inacreditável.
No finalzinho da reportagem de mais de cinco minutos, um pequeno espaço para a nota da CGU dizer que a percepção sofre impacto nos países em que a corrupção é combatida, afirmar que a tal pesquisa é feita com nichos muito específicos, como empresários, e mostrar que o Brasil ampliou sim a transparência e o combate à corrupção.
Uma reportagem que reintroduz o tema/repertório corrupção, como se fez lá atrás, em 2014. Uma reportagem porca, desonesta, com o mesmo modus operandi, até o mesmo jornalista que se presta de novo a esse papel.
Eu sabia que esse tema seria reeditado, pois o repertório “crise econômica” não surtiu o efeito desejado na imagem do governo e de Lula, como mostrou a pesquisa Quaest mais recente. É um jogo bruto, desonesto e pilantra. De novo.
Com informações do PT Org
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