Ilustração: Hals, para a exposição Sinta-se em Gaza, do jornal Grifo
“‘Inferno chovendo’: pessoas em Rafah relatam o horror dos ataques israelenses”.
Com esta manchete o site da emissora Al Jazeera anunciou a ofensiva brutal de Israel na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta segunda-feira, 12 de fevereiro. Na operação, Israel resgatou dois reféns.
O ministério da Saúde de Gaza relatou que os bombardeios israelenses via aérea e marítima destruíram mesquitas e causaram a morte de pelo menos 67 pessoas.
Mas as cifras podem ultrapassar as centenas de vítimas, pois muitos palestinos mortos e feridos, a maioria crianças e mulheres, ainda estão soterrados sob os escombros das edificações destruídas.
Os bombardeios de Rafah por mar e ar preparam a monstruosa ofensiva terrestre planejada pelo gabinete de guerra de Netanyahu nesta que é considerada a etapa da “solução final”; a execução completa e total da limpeza étnica na Faixa de Gaza; o Holocausto.
Israel provocou o deslocamento forçado de palestinos para Rafah, onde agora pelo menos 1,5 milhão de civis encontram-se cercados como prisioneiros num campo de concentração antes habitado por cerca de 160 mil pessoas, a população normal de Rafah.
Os palestinos estão submetidos a condições deploráveis, privados de comida, água, remédios e assistência médica. Padecem de fome, desnutrição, epidemias e sofrem com a falta de condições mínimas de higiene.
A ONU alerta para a catástrofe causada por Israel no território palestino.
O colapso total é iminente: surtos de hepatite, doenças infecciosas, respiratórias e parasitárias proliferam de modo exponencial devido às terríveis condições ambientais e sanitárias ali provocadas.
Os deslocamentos forçados, a fome e as epidemias são armas complementares de Israel na ofensiva genocida para exterminar o povo palestino.
O regime nazi-sionista de Israel concedeu aos palestinos tão somente duas opções: ou ficarem nas suas terras para serem assassinados por Israel, ou abandonarem seu próprio território e emigrarem para o deserto do Egito, para morrerem em campos de refugiados e morrerem enquanto povo e nação.
Em 125 dias de agressão criminosa, Israel destruiu a infra-estrutura e cerca de 80% dos prédios e construções da Faixa de Gaza – casas, lojas, mercados, mesquitas, igrejas, escolas, hospitais. Assassinou 110 médicos e socorristas, pelo menos 85 jornalistas e profissionais de imprensa, e mais de 100 funcionários da ONU e de agências humanitárias.
Neste breve período, quase 70 mil palestinos foram feridos e 28.340 assassinados. As principais vítimas do morticínio israelense são as mulheres e as crianças – uma criança palestina é assassinada a cada 13 minutos.
O inferno horroroso em Rafah não pode continuar sendo acompanhado ao vivo pela internet e redes sociais como se fosse apenas um filme tétrico sobre as atrocidades sionistas.
A “solução final” subiu degraus na escada do horror nazi-sionista. O Holocausto já não é uma hipótese no campo das possibilidades, porque é apenas uma questão de tempo para se consumar se não for contida a fúria genocida e racista do regime nazi-sionista de Apartheid.
É urgente obrigar Israel a adotar imediatamente as medidas determinadas pela Corte Internacional de Justiça da ONU para deter o genocídio que já se afigura como uma das mais terríveis e infames tragédias da humanidade.
Com informações do Brasil 247
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