De acordo com cinco entidades, ‘alimenta uma falsa controvérsia fundada em negacionismo médico-científico e teorias da conspiração’
Mais cinco entidades da área da saúde emitiram uma nota contra a iniciativa do Conselho Federal de Medicina (CFM), responsável por conduzir uma pesquisa para saber a opinião dos médicos sobre a obrigatoriedade da vacinação de crianças de 6 meses a menos de 5 anos contra a Covid-19.
“A pesquisa parece não ter outro propósito senão o de alimentar uma falsa controvérsia em torno da vacina para Covid-19, fundada em puro negacionismo médico-científico e teorias da conspiração”, diz o texto assinado por Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia (ABMMD), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) e a Rede Nacional de Médicas e Médicos e Populares (RNMMP).
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) havia manifestado uma posição contrária ao CFM após a repercussão da pesquisa. De acordo com cinco instituições que assinaram outra nota, representantes do CFM fizeram perguntas “contraproducentes e de caráter claramente enviesado”.
“A referida vacina foi incorporada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) ao calendário vacinal da criança, baseado em decisão da Câmara Técnica Assessora em Imunização (CTAI) do Ministério da Saúde. Trata-se de um órgão técnico, composto por especialistas, que analisam de forma sistemática e transparente os dados de segurança, imunogenicidade, eficácia e farmacovigilância antes de emitir suas recomendações”, continuou.
Segundo as associações, “fomentar questionamentos em torno da obrigatoriedade de quaisquer vacinas do PNI, além de não ser ético, contraria o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente, segundo o qual as vacinas do PNI são obrigatórias, sendo um direito básico da criança e um dever do Estado”. “Esperava-se que o CFM cumprisse o papel de reforçar junto à sociedade as recomendações das entidades técnicas e científicas, entre as quais as sociedades médicas, em um contexto de múltiplos esforços coordenados para retomar as altas taxas de vacinação no Brasil”.
Com informações do Brasil 247
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