A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) têm indícios de que o vazamento que expôs mensagens do ex-juiz Sergio Moro e de procuradores da Lava Jato foi muito bem planejado e teve alcance bem mais amplo do que se sabe até agora, informa reportagem do Globo, que atribui a coleta de dados a um “ataque hacker”.
Entre os alvos dos criminosos, estiveram integrantes das forças-tarefas de ao menos quatro estados (Rio, São Paulo, Paraná e Distrito Federal), delegados federais de São Paulo, magistrados do Rio e de Curitiba (Gabriela Hardt entre eles), além de um jornalista do Globo, Gabriel Mascarenhas.
A Polícia Federal investiga o caso com duas turmas de agentes e delegados, em quatro cidades. A Procuradoria-Geral da República também abriu um procedimento para acompanhar o trabalho da polícia. Segundo a cúpula da PF, a apuração desse tipo de crime é tida como complexa, e o prazo para conclusão das investigações será longo.
O grupo Globo tem tratado a obtenção das informações publicadas pelo The Intercept como “esquema criminoso” e diz que “entre os alvos prevalece a ideia de que as invasões são uma ação orquestrada contra a Lava-Jato”.
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