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O governo Lula tem sido exemplar no cuidado às vítimas e no ataque aos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul. Isso preocupa seus inimigos

A tragédia das enchentes que se abateu sobre a região de Porto Alegre e mais de quatrocentos municípios do Rio Grande do Sul mereceu, como não poderia deixar de ser num governo popular, resposta urgente e extensiva do Executivo federal. 

O presidente Lula deslocou-se por duas vezes ao Estado, para acessar os estragos, e aquilatar a dimensão das providências, inéditas na história do país.

O governo federal entrou em prontidão permanente. Mobilizaram-se as estruturas de todos os ministérios e órgãos, militares e civis, tanto no socorro imediato às vítimas ilhadas e acampadas como nas complexas tarefas de sustentação da vida nos abrigos em todos os níveis.

Várias cidades, a começar por grande área de Porto Alegre, uma cidade com 1,5 milhão de habitantes e 5 milhões na megalópole metropolitana submergiram e permanecem sob inundação uma semana depois.

Ainda no domingo à noite, ministros reuniram-se com mais de 300 prefeitos gaúchos para passar orientações e coordenar os esforços. Menos de 48 horas depois da primeira viagem, o presidente voltou ao Estado trazendo em sua comitiva os presidentes da Câmara e do Senado Federal, além do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, em uma demonstração de renovada unidade institucional, congregando lideranças de diversos partidos e distintas formas de pensar, pelo cuidado com o Rio Grande do Sul. 

Em torno do sentimento de solidariedade ao Estado, forma-se uma união nacional, desejada e ao mesmo tempo temida.

De imediato, o governo federal anunciou medidas que montam a 51 bilhões de reais de transferências ao Estado. A legislação foi alterada para acelerar a liberação de recursos.

O governo entrou em plantão permanente para fazer frente a um desafio inimaginável até a semana anterior. O Exército mobilizou suas forças para resgate dos ilhados e ameaçados. Uma central de combate coordena o trabalho de milhares de voluntários. 

Quando a chuva permitir e as águas cederem, começa a tarefa ainda mais complexa: a reconstrução, palavra cujo sentido agora terá que responder às ameaças da catástrofe climática, que assumem como nunca força de realidade. 

A atuação do presidente Lula neste episódio tem sido exemplar, em tudo distinta da negligência que marcou seu antecessor, especialmente na pandemia de Covid-19, quando o negacionismo de Jair Bolsonaro contribuiu, naqueles anos de barbárie, para multiplicar, pelo abandono, o trágico saldo de vítimas.

Com Lula, o Brasil reaprende a importância de um presidente que nos momentos cruciais cuida do país. De maneira mais ampliada, esta pode ser uma oportunidade para a sociedade encarar a si mesma com maior clareza. O Estado, antes tão difamado, agora, na catástrofe dantesca, surge como a primeira e a última trincheira, a instância final para a qual a nação apela em busca de tudo: ajuda, reação e coordenação. O Brasil dispõe de recursos materiais e de vontade social para vencer desafios dessa dimensão. Desde que haja um estatal à altura.

O contraste exposto neste momento, pela ação deste governo é evidente a todos os observadores. Não é à toa que diante disso, os adversários agrupados no gabinete do ódio bolsonarista e das editorias da mídia lavajatista ativam sua produção tóxica destinada a impedir que a sociedade tome conhecimento dos esforços do governo.

O país vê-se então diante de outra inundação. Uma frenética enchente de notícias falsas tenta defraudar a atuação do governo federal.  Ela é criminosa e requer ação repressiva imediata. Ocorre que as notícias falsas não surgem exclusivamente de bolsonaristas franco-atiradores ou robôs aninhados no esgoto sem leis da internet. Nem foram inventadas por eles.

Elas vêm também da chamada mídia tradicional. Surgiu, por exemplo, da Folha de S.Paulo, a notícia mentirosa de que o governo federal recusara ajuda oferecida pelo Uruguai. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República prontamente desmentiu a fraude, mostrando que a ajuda uruguaia não apenas fora aceita como estava sendo utilizada nos socorros à população, onde adequado.

Em lugar de reconhecer o erro e retificar a informação, a Folha reafirmou a acusação, sem apresentar evidências baseadas nas técnicas jornalísticas. Por que faz isso? A explicação mais palpável é que o jornalismo da mídia hegemônica volta a exercer uma espécie de segunda natureza, a de oposição militante aos governos petistas. 

A Folha assume de novo a característica de veículo ideológico que se anuncia independente e imparcial, mas reincide em práticas passadas, como foi a da invenção do escândalo do “mensalão”, a famigerada “operação Lava-Jato” e a produção e publicação falsa ficha criminal imputando crimes à ex-presidenta Dilma Rousseff, pelo que o jornal jamais se retratou. 

No caso da mentira sobre a recusa da ajuda à enchente gaúcha,  o jornal que emprestou seus veículos para os torturadores da ditadura, período histórico a que coerentemente denominou de “ditabranda”, será punido por divulgar notícias falsas? Soa portanto incoerente pedir providências apenas contra a rede de mentiras da extrema-direita e deixar à larga as fontes institucionalizadas abrigadas na “grande” mídia e abrigadas por uma espécie de salvo-conduto para mentir.

A notícia falsa da Folha, publicada e mantida em manchete na quarta-feira,  ganhou farta reprodução nas redes sociais e nas camadas de eco bolsonaristas, sem que ninguém pedisse punição ao jornal. 

Se algo a inundação de mentiras tem de positivo é o sinal de que, em razão de trabalhar para atender os gaúchos em necessidade, Lula e o governo federal podem vir a ser reconhecidos e aprovados pela população. É isso que as falsidades buscam impedir. Apelar para evidentes invenções é uma confissão de fraqueza: denota a falta de provas, evidências e argumentos racionais para demonstrar com fatos os eventuais erros ou omissão do governo federal. As mentiras são recursos muitas vezes toscos, extremos, em desespero, diante da queda de totens ideológicos do neoliberalismo em torno dos quais existe total concordância de ideias entre a  direita e extrema-direita fascista. Cai a ficção do estado mínimo.  Fica demonstrado que o protagonismo estatal é indispensável em todos os momentos, mais ainda na emergência da catástrofe climática. O governo Lula tem sido exemplar no cuidado às vítimas e no ataque aos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul. Isso preocupa seus inimigos.

Ansiosa por bloquear a consolidação de Lula como a referência política que o Rio Grande do Sul e o país demandam neste momento de socorro e reconstrução, seus adversários minimizam as realizações do governo, restringem e politizam qualquer menção elogiosa, mesmo que para isso tenham que inventar notícias falsas e torturar a verdade. 

Nesta hora fica difícil distinguir o fluxo mistificador das redações dos jornalões e os porões onde se produz o veneno fascista.

Com informações do Brasil 247

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