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Lula tira selfie com o pré-candidato e deputado distrital Leandro Grasss, no acampamento indígena Terra Livre. Ambos sorriem - MetrópolesReprodução/Twitter

Nome do deputado do PV é defendido pelo diretório nacional do Partido dos Trabalhadores, mas ainda falta convencer executiva local

Partido dos Trabalhadores (PT) tem aprofundado o debate interno para acatar a sugestão do diretório nacional e apoiar a candidatura do deputado distrital Leandro Grass (PV) ao Palácio do Buriti nas eleições de outubro. A proposta ainda sofre resistências no diretório regional.

Se a aliança for confirmada, será a primeira vez que a sigla deixará de lançar um nome próprio para a disputa pelo Governo do Distrito Federal (GDF) desde as primeiras eleições distritais, realizadas em 1990.

A investida integra o plano nacional que criou a federação entre a sigla, o Partido Verde e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) para apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A direção nacional está mais próxima da candidatura do Grass, mas o diretório regional, não. O PT sempre lançou candidatura própria ao GDF. Estamos num processo de convencimento, mas ainda não fomos convencidos. Se a decisão for essa, vamos cumprir. Não terá rebelião”, disse o deputado distrital Chico Vigilante (PT).

O presidente regional da legenda, Jacy Afonso, reconhece a investida da executiva nacional para favorecer o pré-candidato do PV, mas afirma que tratar-se apenas de uma sugestão nacional e que o tema será ainda discutido internamente pelo diretório regional.

“É claro que tem um peso do diretório nacional, mas estamos dentro de um processo democrático e todos os nomes colocados ainda estão sendo discutidos. Não há martelo batido algum”, disse.

Um novo encontro está marcado para 27 e 28 de maio, quando os integrantes do diretório petista do DF.

“A resolução demonstra que o espaço para o diálogo permanece aberto e é nossa obrigação defender nosso entendimento, fruto de vários debates que produziram resoluções consensuais do diretório regional”, registra uma nota oficial do PT-DF.

Para Leandro Grass, a união dos grupos contrários ao governo de Ibaneis Rocha (MDB) será fundamental para uma disputa competitiva nas eleições de outubro.

“Há muito tempo trabalho pela união do campo de oposição a Ibaneis. Essa convergência é condição básica para construirmos um projeto vitorioso no DF e no Brasil. Respeito os partidos aliados, especialmente o PT e seus processos internos. Seguirei me esforçando para dialogarmos, nos fortalecermos mutuamente e devolvermos a esperança à capital do país”, disse.

Nome que acumulou maioria dentro do diretório regional petista, a sindicalista Rosilene Corrêa defende a decisão colegiada.

“Eu sou vice-presidenta do PT-DF, não me cabe tomar decisões individuais. O [meu] nome continua à disposição do meu partido”, afirmou.

Desistência

Nesta quinta-feira (12/5), como mais uma demonstração da temperatura interna, o ex-deputado federal Geraldo Magela – um dos então pré-candidatos petistas ao GDF – anunciou que deve disputar a vaga ao Senado Federal pela legenda.

Para Magela, o PT deveria lançar um nome para o governo distrital. Mas as disputas internas no partido não possibilitaram esse movimento. “Nós estávamos muito divididos. Não tinha acordo”, resumiu.

Com isso, a disputa pela candidatura ao Palácio do Buriti ficaria entre a sindicalista Rosilene Corrêa, que agrega apoio da maioria do diretório local, e Leandro Grass.

Caio Barbieri Metropoles

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