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O economista e ex-vice-presidente do banco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Paulo Nogueira Batista, concedeu entrevista à TV 247 nesta segunda-feira (7) abordando temas relacionados à crise econômica na América Latina e a situação de decadência que se encontra o País. “O Brasil nunca foi tão respeitado internacionalmente quanto no governo Lula, processo esse deteriorado com Temer”, analisa o economista.

Paulo Nogueira relembra os anos que o Brasil adquiriu um respeito mundial. “O Brasil assumiu um papel de protagonismo internacional muito forte no período do primeiro mandato do presidente Lula, lá por volta de 2005, e seguiu até o primeiro ano do governo Dilma”, diz.

O economista ressalta o processo de decadência que o Brasil enfrenta atualmente.“O País era chave a formulação do BRICS e também com o Fundo Monetário Internacional (FMI). No governo Temer o processo de credibilidade internacional brasileira entrou em declinio”, condena Paulo Nogueira Batista.

Indagado sobre a ascensão e prestígio do grupo G20, Paulo Nogueira explica que Lula foi fundamental no seu fortalecimento, antes taxado como órgão secundário com relevância ministerial. “No cenário de crise econômica enfrentado pelos EUA e Europa em 2007-2008, houve interesse dos países desenvolvimentos em fazer parcerias com outros países emergentes para tirá-los daquela crise. Nesse contexto, a demanda do Lula foi atendida, e o G20 torno-se um angariou destaque presidencial”, avalia.

“Por incrível que pareça uma parceria entre Lula e os ex-presidente Bush tornou o fortalecimento do G20 possível”, relata.

Crise argentina

Paulo Nogueira Batista enumera os erros cometidos na política econômica argentina, que hoje possui a maior taxa de juros mundo. “É mais um exemplo de promessa econômica que deu com os burros n´água. O governo entrou com um déficit em conta corrente muito alta, além do elevado endividamento externo e a uma tentativa de usar a taxa de câmbio como instrumento de combate à inflação, permitindo dessa forma uma apreciação cambial exagerada. Considero que o governo deveria elevado o nível de reservas”, observa.

O “Brasil descrença” 

Ao citar o atual governo, ele considera que Temer não tem confiança e nem credibilidade. “Um governo que não transparece respeito não pode construir algo sólido”, conclui.