Aliados de Lula avaliam que o ministro das Relações Internacionais do governo Lula, Alexandre Padilha, ganhou força e permanecerá no cargo após os ataques de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. Para interlocutores do petista, a ofensiva do parlamentar terá o efeito contrário ao desejado. A informação é do Blog da Julia Duailibi no g1.
Mesmo com a pressão dentro e fora do governo pela troca de Padilha, assessores afirmam que o petista não vai ceder, ainda que fique com “a faca no pescoço”. Um ministro do governo chegou a dizer que ele “empina a carroça” quando se sente cobrado demais.
Lira lidera a pressão de um setor do Centrão para que Padilha seja substituído por um político que tenha alinhamento ao bloco parlamentar. O presidente da Câmara tem se recusado a conversar com o ministro desde o final de 2023.
O parlamentar vem fazendo uma série de ataques a Padilha e nesta quinta (11) chegou a dizer que o ministro é “incompetente” e seu “desafeto pessoal”, além de acusá-lo de vazar informações para a imprensa. Ele foi defendido por parlamentares petista após os ataques.
Lindbergh Farias (PT-RJ) subiu o tom contra Lira e afirmou: “Quem ele pensa que é? O presidente da República é Luiz Inácio Lula da Silva, eleito com 60,3 milhões de votos! Ministro tem minha total e irrestrita solidariedade. Padilha trabalha em harmonia com o presidente Lula”.
O PT também saiu em defesa de Padilha, afirmando que é “inegável a competência e a capacidade do ministro”. Leia a nota na íntegra:
O Partido dos Trabalhadores manifesta irrestrita solidariedade ao companheiro Alexandre Padilha, ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, do governo Lula.
É inegável a competência e a capacidade do ministro Alexandre Padilha, tanto no atual governo quanto nas inúmeras oportunidades em que serviu aos interesses do povo brasileiro.
Ao atacar o ministro Alexandre Padilha, o deputado Arthur Lira compromete a liturgia do cargo de presidente da Câmara Federal e ofende a harmonia entre os Poderes da República.
O Brasil precisa de relações republicanas saudáveis para superar o atual estágio de beligerância provocado por atitudes que desafiam a convivência política e social.
O governo do presidente Lula, eleito com 60,3 milhões de votos, tem o compromisso de unir a sociedade para reconstruir o país e promover o desenvolvimento.
O PT reafirma seu apoio ao ministro Alexandre Padilha, repudia ataques que agridem a democracia e convoca as lideranças do país a colocarem os interesses do Brasil em primeiro lugar.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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