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Em 11 de março de 2020, a OMS declarava a pandemia. Omissões do governo Bolsonaro levaram à morte de mais de 700 mil brasileiros e transformaram o país em um dos epicentros do surto global. Relembre a tragédia

A face da tragédia: com 3% da população mundial, o país registrou 10% do total de mortes notificadas pela OMS

No dia 11 de março de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente o início do surto de Covid 19. O presidente era Jair Bolsonaro e hoje, cinco anos depois, resta a certeza de que Brasil pagou um preço altíssimo por ter tido no comando da nação um psicopata negacionista, cujas omissões grotescas levaram mais de 700 mil brasileiros a perderem suas vidas.

Enquanto outros países fechavam suas fronteiras e tomavam medidas rigorosas, o negacionismo de Bolsonaro levava o Brasil a ser o campeão em mortes por Covid. Com 3% da população mundial, o país registrou 10% do total de mortes notificadas pela OMS. Bolsonaro seguia a cartilha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que também minimizava a gravidade do vírus e cortava recursos para o combate à pandemia.

Somente em 2020, quase 200 mil brasileiros morreram em decorrência da pandemia. A primeira morte foi confirmada em São Paulo no dia 12 de março. Poucos dias antes da declaração da OMS, no dia 9 de março de 2020, o então presidente afirmou que o coronavírus estava sendo superdimensionado e culpou a mídia por espalhar pânico.

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Essa foi apenas a primeira de várias falas irresponsáveis e atitudes indignas de um chefe de nação, mesmo diante de 52 casos confirmados no Brasil e mais de cinco mil mortes em 114 países.

“Esperando o dia em que o TPI, ao qual denunciamos Bolsonaro por meio da CPI da Covid, julga e condena o genocida brasileiro por crime contra a humanidade. A justiça, uma hora, chega. E a hora de Bolsonaro vai chegar”, postou em seu perfil na rede X o presidente do PT, Humberto Costa.

Na cerimônia de posse nesta segunda-feira (10) em Brasília o novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o papel dos profissionais do setor. “Não fosse pela dedicação e resiliência dos trabalhadores e pesquisadores da saúde e dessas instituições de pesquisa, universidades brasileiras, a negligência deliberada do governo anterior teria nos custado ainda mais que a inesquecíveis 700 mil vidas de brasileiros”, salientou.

Kit Covid e deboche

“Gripezinha”, “histórico de atleta”, “comprar vacina na casa da mãe”, “se você virar jacaré, é problema seu”, xingamento de “maricas” àqueles que choravam a perda de parentes; gargalhadas após a fala irônica e em voz fina “estou com Covid” e até mesmo uma performance, numa live, imitando quem morreu por falta de ar, ilustram a postura criminosa que impregnou de dor e desespero essa fase desastrosa da vida nacional.

Bolsonaro adiou como pôde a compra de vacinas que salvariam milhares de vidas como também recomendava medicamentos em comprovação científica.

Diuturnamente os brasileiros eram assediados por um presidente que defendia o uso de ivermectina e cloroquina, o chamado kit Covid, numa verdadeira escalada negacionista e criminosa da extrema direita. Esse capítulo terrível da história brasileira não pode ser esquecido, para impedir que se repita.

“Esse genocídio não pode ser esquecido. Por isso nesses cinco anos fica aí a lição para a história”, assinalou o deputado federal Jorge Solla (PT-BA), que é médico sanitarista, e classificou Bolsonaro como aliado do vírus.

“O Brasil enfrentou maior crise sanitária na humanidade com o pior governo da sua história. Precisamos relembrar para não voltarmos a viver situações como essa, onde o governo o fez pouco caso das mortes, foi cúmplice e associado direto do genocídio que se abateu na perda de centenas de milhares de vidas”, afirmou.

Ministério da Saúde à deriva

Enquanto outros países responsavelmente faziam isolamento social, Bolsonaro bradava contra, saía às ruas, aglomerava e não usava máscara. Paralelamente, nenhum ministro da Saúde parava no cargo. Foram quatro em menos de um ano. Luiz Henrique Mandetta foi demitido por contrariar as ordens do presidente e Nelson Teich não ficou nem 30 dias no cargo.

O general Eduardo Pazuello ficou de setembro de 2020 até março de 2021, quando o cardiologista Marcelo Queiroga assumiu a pasta.

Mas o pior estava por vir. Em 2021, enquanto muitos países efetivavam campanhas de vacinação e reabriam fronteiras, o Brasil afundava em sua fase mais letal, com mais de 400 mil mortes. A tese defendida por Bolsonaro, da “imunidade de rebanho”, simplesmente atrasou a adoção de medidas preventivas e de imunização, resultando em uma as maiores tragédias da história recente do país.

CPI da Covid

No mesmo ano, foi instaurada a CPI da Covid no Senado Federal que pediu o indiciamento de 78 pessoas, entre elas, Bolsonaro. A realidade provou que as mortes diminuíam com o aumento da vacinação.

A comissão investigou denúncias inacreditáveis de cobrança de propina na compra de vacinas e um esquema de disseminação de fake news sobre a Covid, baseada na ideia de que a circulação do vírus levaria naturalmente ao controle da pandemia.

No total, o Brasil registrou mais de 39 milhões de casos da doença. “Bolsonaro estimulou a desinformação sobre as vacinas da Covid-19. Ele chegou a ameaçar expor servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que participaram da liberação da aplicação de doses em crianças”, publicou o jornal Folha de São Paulo em março de 2023.

Mais votos em Bolsonaro, mais mortes por Covid

Levantamento publicado pela revista Cadernos de Saúde Pública mostra que as cidades onde Bolsonaro mais recebeu votos, tanto em 2018 quanto 2022, foram as que registraram mais mortes por Covid-19 no país.

“Uma explicação para esta correlação pode estar ligada ao papel desempenhado por Bolsonaro como figura pública e influenciador do seu eleitorado”, atesta o estudo.

“A descrença sobre os efeitos nocivos da pandemia, a não aceitação do uso de máscaras, a resistência inicial à compra de vacinas e a lenta implementação de uma campanha de imunização podem ser alguns dos motivos desta associação entre os votos de Bolsonaro e o excesso de mortalidade”, aponta.

Bolsonaro jogou vacinas no lixo

Como se não bastassem todos os crimes cometidos por Bolsonaro na pandemia, ele ainda deixou vencer 39 milhões de doses de vacinas, um prejuízo de R$ 2 bilhões aos cofres públicos. O Tribunal de Contas da União (TCU) alertou o governo, em junho de 2021, sobre o risco de a pasta da Saúde perder 28 milhões de doses até agosto.

“Atrasaram, negaram, mentiram sobre vacinas e colocaram sigilo pra esconder essa destruição”, condenou à época o cientista Átila Iamarino.

“Foi importante ter trazido de volta o presidente Lula, um governo que acredita na ciência que defende a saúde, que não nega a vacina, que protege. Tiramos o país do fundo do poço, estamos reconstruindo o Brasil”, ressaltou o deputado Jorge Solla, ao alertar para os riscos constantes de novas pandemias.

Ele recomendou fortalecer o sistema público de saúde, as ações de vigilância, e reforçar o SUS, além de eleger governos comprometidos com a vida e com a saúde da população.

Com informações do PT Org

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