Um dia após Bolsonaro minimizar a disseminação do coronavírus, caracterizando como crise “superdimensionada” e “fantasia”, a OMS elevou o status da doença para o nível de pandemia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu declarar o coronavírus uma pandemia, termo utilizado quando o estágio de transmissão de uma doença é global. “Estamos profundamente preocupados com os alarmantes níveis de disseminação e severidade, e de falta de ação”, disse o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça.
Segundo a OMS, 118 mil pessoas foram diagnosticadas com o vírus em 114 países, entre as quais 4.291 morreram.
A mudança de status em relação a disseminação da doença coincide com um dia após a declaração de Bolsonaro minimizando a doença, dizendo se tratar de um crise “superdimensionada” e de na sua opinião não é “isso tudo” e se trata muito mais de uma “fantasia”.
“Obviamente temos no momento uma crise, uma pequena crise. No meu entender, muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propala ou propaga pelo mundo todo”, afirmou o presidente.
Nos últimos dias a disseminação da doença se acelerou, fato que repercutiu nas bolsas de valores ao redor do mundo, hoje mais uma vez após o anúncio da nova classificação as bolsas registraram novas fortes quedas.
No Brasil o Ministério da Saúde informou hoje que subiu para 37 o nº de casos confirmados do novo coronavírus. O governo analisa 876 casos suspeitos.
Enquanto no mundo se adotam medidas cada vez mais restritivas a população, seguindo o exemplo autoritário da China, colocando países inteiros sob quarentena, como na Itália, no Brasil o governo Bolsonaro já dá mostras de sua inaptidão para lidar com um possível surto. Isto posto, dentro de um quadro de avançada precarização da saúde no país, desde o corte de verba para a saúde até o déficit de leitos no país, pensando a necessidade de internação.
O ministério da saúde mantém sob segredo os protocolos a serem adotados para o combate da disseminação. Na Universidade de São Paulo, após a confirmação da contaminação de um aluno da Faculdade de Geografia, as aulas foram suspensas no dia de hoje, sem maiores explicações aos alunos. Já se cogita a possibilidade do cancelamento de aulas em outras escolas, e mesmo empresas começam a debater protocolos em relação a seus funcionários.
Desde já é necessário cobrar dos governos medidas consequentes frente a uma possível aceleração da disseminação. Hospital de referência deveriam estar sendo designados para a população, onde os casos suspeitos poderiam ser avaliados, e em caso de confirmação, os pacientes terem acesso a um tratamento digno, ao invés de impor uma quarentena a amplas massas de pessoas, sem confirmação ou não. Que o governo e as patronais se encarreguem de todos os custos das famílias trabalhadoras para obter cuidados às crianças, caso as escolas fechem. Que nenhum trabalhador seja demitido durante a crise, e tenha licença funcional remunerada pra poder se ausentar e cuidar dos filhos.
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