O Brasil recebe nesta semana uma visita da Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão (RELE) da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). A missão, liderada pelo advogado colombiano Pedro Vaca Villarreal, foi organizada a convite do governo brasileiro e tem como objetivo avaliar, supostamente, a situação da liberdade de expressão no país.
Os bolsonaristas estão em êxtase, “denunciando” a “censura” no Brasil e fazendo o que fazem de melhor: papel de vira-latas, se subjugando a qualquer gringo. Magno Malta, com a fala pastosa de sempre, se enrolou com uma papelada e conseguiu citar Vladimir Herzog, constrangendo o interlocutor. Claro que Alexandre de Moraes era o alvo preferencial.
Pego de surpresa por um funcionário do site Metrópoles, Pedro Vaca contou que o tom dos parlamentares era “realmente impressionante”. “Temos que analisar isso com calma”, declarou. Fabio Wajngarten, um dos trezentos advogados de Bolsonaro, cobriu de elogios o autor da “entrevista” de Vaca — um videomaker inexpressivo que ganhou projeção nas redes sociais de direita com provocações infantis à esquerda e ataques idiotas ao Supremo.
“Sam Pancher já recebeu o prêmio pulitzer de jornalismo? Magnifica entrevista dele, no susto, retirando respostas MUITO significativas, exclusivas e inéditas do emissário da OEA que está no Brasil para coletar informações sobre a liberdade de expressão e ou a falta dela. O assunto vai crescer e vai repercutir Globalmente (sic)”, escreveu no X. Flávio Bolsonaro também repercutiu a patacoada na rede de Elon Musk.
Mestre em Direito pela Universidad Nacional de Colombia, Pedro Vaca presidiu a Fundación para La Libertad de Prensa (Flip), entidade colombiana voltada à defesa da liberdade de imprensa e que recebeu financiamento da Open Society Foundation, instituição ligada ao bilionário George Soros, arqui-inimigo da extema-direita mundial por ser “globalista” (e judeu).
A Flip integra a International Freedom of Expression Exchange (Ifex), que também recebeu recursos da Open Society: de acordo com o site da OSF, a rede Ifex recebeu mais de US$ 4,2 milhões de 2016 a 2022. Em julho de 2022, Villarreal criticou uma ordem de bloqueio do Telegram no Brasil emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, afirmando que as plataformas digitais devem encontrar formas de atuar sem comprometer a liberdade de expressão.
Ele também já se posicionou contra restrições à imprensa em países como Venezuela, Nicarágua, Honduras e Cuba. Não há uma palavra sobre a perseguição que Donald Trump empreende nos EUA à academia, aos ataques a cientistas do clima, às prisões de estudantes que denunciam o genocídio em Gaza e às agressões do presidente e de seu bando a jornalistas, em particular, e à mídia, em geral.
A presença da OEA no Brasil remete a casos anteriores em que a organização foi envolvida em debates sobre processos eleitorais e governança democrática.
Em 2020, um extenso estudo publicado pelo Centro de Investigação em Economia e Política (CEPR, na sigla em inglês) na última terça-feira (10), constatou que dados apresentados no relatório da OEA sobre as eleições da Bolívia no ano anterior foram deturpados.
Segundo o CEPR, que tem sede nos Estados Unidos, o relatório foi escrito para respaldar alegações anteriores do órgão que acusaram as autoridades bolivianas de manipularem o processo eleitoral.
Convidada pelo governo boliviano para analisar o pleito, a OEA havia afirmado, à época, que teria havido fraude e recomendado a realização de um segundo turno. No entanto, um golpe de Estado derrubou Evo Morales da presidência e instaurou um governo com características autoritárias no país.
“Está claro o relatório final da OEA, que a organização apresentou como a última palavra sobre o que aconteceu nas eleições da Bolívia, não possuem evidências necessárias para demonstrar que uma fraude afetou os resultados eleitorais”, disse o pesquisador Jake Johnston, um dos responsáveis pelo estudo. “Na verdade, parece haver a intenção de justificar acusações feitas pela OEA no dia seguinte as eleições, que foram apressadas, e, em últimas instâncias, indefensáveis, mas muito
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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