youtube facebook instagram twitter

Conheça nossas redes sociais

O universo de Bolsonaro gira em torno das milícias. Suas manifestações expressam, de algum modo, interesses e preocupações das milícias. A regulamentação das vaquejadas vai além de qualquer preocupação de cunho cultural. Representa apoio direto a quem Bolsonaro deve lealdade: as

Durante a Festa do Peão e Boiadeiro, Jair Bolsonaro foi sincero:
– Respeito todas as instituições, mas lealdade eu devo a vocês. O Brasil está acima de tudo. Neste momento em que muitos criticam a festa de peões e a vaquejada, quero dizer com muito orgulho que estou com vocês. Não existe politicamente correto. Existe o que precisa ser feito — disse.

No dia 18 de setembro de 2019, Bolsonaro assinou a lei 13.873/2019 regulamentando vaquejadas e rodeios, que passam a ser tratadas como “atividades intrinsicamente esportivo-culturais pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro de natureza imaterial”.

O universo de Bolsonaro gira em torno das milícias. Suas manifestações expressam, de algum modo, interesses e preocupações das milícias. A regulamentação das vaquejadas vai além de qualquer preocupação de cunho cultural. Representa apoio direto a quem Bolsonaro deve lealdade: as milícias.

Foi assim com a flexibilização do porte de armas, o desmonte dos sistemas de fiscalização ambiental, a defesa reiterada das milícias, nos seus tempos de deputado.

É por ai que se entende a defesa enfática que fez das vaquejadas.

Hoje em dia, ao lado da venda de cigarros, gasolina e bebidas, as vaquejadas se tornaram o terreno preferencial para lavagem de dinheiro do crime conseguido em venda de proteção, de gato, de gás, encomenda de assassinatos e venda de proteção e outras formas de bico.As razões são variadas.

A primeira, é a dificuldade em estimar a rentabilidade do setor, tanto nos eventos como nos leilões de animais. A segunda é que os eventos juntam grandes audiências, ambiente propício à colocação de outros produtos milicianos.Leia também:  PSL usou recursos públicos para pagar advogada de candidaturas laranjas

Abaixo, algumas operações policiais recentes, em que as ligações das milícias com as vaquejadas ficam nítidas.

Operaçao Cactus

No dia 20 de abril de 2019, a Operação Cactus, de São Paulo, prendeu o pistoleiro Antônio Charles Barreto, o ‘Charlim’, de 34 anos, natural de Jaguaretama (CE).

Barreto tinha diversas acusações nas costas, por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e execução de um subtenente da PM do Ceará. Sua quadrilha era conhecida como “Filhos do Senhorzinho Diógenes”. Preso em Itaitinga, aproximou-se das lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC). Sua quadrilha passou a trabalhar com pistolagem e tráfico de drogas na região de Guarulhos.

A receita do grupo era lavada com vaquejadas no estado de São Paulo.

Operaçao Asfixia

Em março de 2015, operação integrada das polícias de Alagoas e Pernambuco prendeu três suspeitos de assaltos a bancos. Um deles era proprietário de parque de vaquejada avaliado em R$ 500 mil e cavalos de raça analisados em até R$ 150 mil cada.

Foram presos o comerciante Iran Cardoso de Azevedo, o Celso do Gás, dono do espaço, mais Valdemir Cândido de Couto, o Milita, e Dogivaldo Fernandes da Silva, o Doginho.

Segundo a operaçao, os suspeitos usavam as vaquejadas para lavar dinheiro.

Operação Ingenium

Em novembro passado, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), deflagrou a operação que denunciou dois bombeiros militares por receber vantagens indevidas na vistoria de uma vaquejada em Duque de Caxias, Baixada Fluminense.

Operação TurbulênciaLeia também:  As pontas soltas da operação que matou miliciano na Bahia

Em Recife, a Operação Turbulência, da Polícia Federal, deteve quatro pessoas, suspeito de, por seis anos, ter feito caixa 2 para financiar campanhas políticas as do ex-governador Eduardo Campos (PSB). O grupo teria movimentado R$ 600 milhões.

Artur Roberto Lapa Rosal, suspeito de ser testa de ferro do grupo, era ligado em vaquejada, sendo eleito o melhor vaqueiro do Brasil pelo Portal Vaquejada.

Era conhecido como o “milionário das vaquejadas” e gostava de exibir cavalos de raça e até helicóptero. Era proprietário também de postos de gasolina, outro setor procurado pela contravenção.

Operação Pedra 90

Em setembro de 2014, a Operação Pedra 90 deteve uma das maiores quadrilhas de tráfico de crack no Nordeste. O dinheiro era lavado na compra de cavalos de raça para uso em circuitos de vaquejada em todo o país.

Depois de lavado, o dinheiro servia para compra de carros importados, imóveis, haras e fazendas.

Um dos chefes da quadrilha, Cicero Bezerra da Silva, é proprietário de um haras em Palmeira dos Índios, Alagoas, e teria negociado cavalo no valor de R$ 200 mil.

milícias.Por Luis Nassif

Siga nossas redes sociais

Site: https://www.ceilandiaemalerta.com.br/

Site: https://jornaltaguacei.com.br/

Página no Facebook: https://www.faceboovk.com/CeilandiaEmAlerta/

Página no Facebook: https://www.facebook.com/jtaguacei/

Facebook: https://www.facebook.com/jeova.rodriguesneves

witer: https://twitter.com/JTaguacei

Instragam: @jeovarodriguesneves