Fritura de Múcio não tem adesão de ministros palacianos
Apesar da pressão e das críticas, a avaliação no entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é que os ataques promovidos por terroristas às sedes dos Poderes desgastaram o ministro da Defesa, José Múcio, mas não a ponto de fazê-lo deixar o cargo. O entendimento no núcleo central do governo é que, embora inicialmente Múcio tenha minimizado os acampamentos bolsonaristas e defendido uma desmobilização conciliada, o episódio fez com que a ficha sobre a gravidade da situação tenha caído para o ministro.
Ex-ministros da Defesa tiveram na manhã da quarta-feira (11) uma reunião virtual com o senador Jacques Wagner, líder do governo no Senado, para dar apoio a Múcio. Participaram da reunião Nelson Jobim, Raul Jungmann, Aldo Rebelo e o general Fernando de Azevedo Silva.Playvolume
Integrantes do Palácio do Planalto afirmaram ao Globo que a fritura de Múcio está concentrada em setores do PT, mas não tem adesão de ministros palacianos, especialmente Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil).