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“O documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto”, continua o ex-ministro

Após a divulgação de que uma minuta para que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) instaurasse estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria sido encontrada na casa do ex-ministro da Justiça pela Polícia Federal, Anderson Torres se defendeu por meio das redes sociais.

Segundo Torres, em sua casa havia diversos documentos que seriam descartados e que, como ministro, ele recebeu diversas audiências, sugestões e propostas e que coube a ele o discernimento para entender o que “contribui para o Brasil”.

Anderson Torres

@andersongtorres

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No cargo de Ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil.

Anderson Torres

@andersongtorres

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Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá…

“O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim”, continua o ex-ministro.

Segundo a Folha de S. Paulo, o objetivo da minuta era reverter o resultado das eleições presidenciais, em que Bolsonaro perdeu, o que seria inconstitucional. “Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como ministro”, finalizou Torres.

Para ter validade, o decreto precisaria ser assinado por Bolsonaro, publicado no Diário Oficial da União (DOU) e aprovado pelo Congresso Nacional.

O documento, encontrado em um armário da casa de Torres durante busca e apreensão feita na última terça-feira (10), cita a necessidade do suposto reestabelecimento da lisura do processo eleitoral, ainda que as acusações de fraude nunca tenham sido comprovadas. A PF ainda deve investigar as circunstâncias da proposta e sua elaboração.

Após o fim do governo Bolsonaro, Torres voltou a ser secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

No último domingo (08), um grupo contrário ao governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadiu e destruiu as sedes do Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.

Na ocasião, o secretário estava de férias com a família nos Estados Unidos. Por considerar a conduta de Torres ineficiente e omissa, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão dele. Seu retorno para o Brasil está previsto para ocorre neste sábado (14).

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