As revelações bombásticas da Folha de S. Paulo neste domingo, a partir de vazamentos obtidos pelo Intercept Brasil, reforçam que a Operação Lava Jato era um powerpoint que considerava o ex-presidente Lula culpado a priori — e tratava de conseguir as provas para condená-lo.
Como demonstrou o jornal, em Conversas de Lula mantidas sob sigilo pela Lava Jato enfraquecem tese de Moro, a operação deu grande publicidade ao grampo entre o ex-presidente e a presidenta Dilma Rousseff, sugerindo que a nomeação de Lula para o cargo de ministro da Casa Civil era uma tentativa de obter foro privilegiado e escapar da alçada do juiz Sergio Moro.
Porém, deixou de lado outras conversas, nas quais Lula revelava dúvidas sobre assumir o cargo e enfatizava que seu objetivo era eminentemente político — recompor o governo e evitar o impeachment de Dilma.
Lula não sabia que estava sendo grampeado desde sua condução coercitiva, determinada pelo juiz Sergio Moro.
Com o enfraquecimento político de Dilma, surgiram boatos de que ele poderia se tornar ministro de Dilma.
A Lava Jato soube da informação através do grampo de uma conversa entre Lula e Gilberto Carvalho.
No mesmo dia, 9 de março, Deltan Dallagnol pediu a outro procurador, Igor Romário de Paula, acesso a todos os grampos de Lula, utilizando o apelido de 9 [dedos] para se refefir ao ex-presidente:
“Igor, consegue pra mim CD ou DVD com todos os áudios do 9 e a análise dos que tiver? Estou sem nada pra ouvir no carro rsrsrs”, escreveu Deltan.
Em 16 de março de 2016, Lula foi nomeado oficialmente.
Três dias antes, milhões de brasileiros tinham ido às ruas pedir o impeachment de Dilma.
Politicamente, era a última cartada do governo petista.
Eram 11h12 do dia 16 quando Moro determinou que o grampo telefônico do ex-presidente fosse suspenso, por causa da nomeação.
Mas isso não aconteceu automaticamente.
Eram 13h44 quando um policial federal que monitorava o ex-presidente informou sobre a existência do grampo da conversa de Lula e Dilma em um grupo do Telegram.
“Estão preocupados se vamos tentar prende-lo antes de publicarem no DOU a nomeacao do Lils”, escreveu o policial Prado, referindo-se a Lula pelas iniciais e tirando suas próprias conclusões sobre o conteúdo do grampo.
Na conversa, Dilma informou que estava enviando a Lula o termo de posse para uso “em caso de necessidade”.
Segundo o Planalto, isso foi feito para o caso do ex-presidente não poder comparecer fisicamente à cerimônia.
O horário do alerta feito pelo policial confirma que a escuta foi feita fora do horário em que havia autorização para tanto.
Eram 16h19 quando o juiz Sergio Moro levantou o sigilo das interceptações de Lula.
A GloboNews noticiou às 18h32 e em seguida leu a transcrição do grampo de Dilma.
Eram 18h52 quando Deltan escreveu: “Ótimo dia rs”.
Sete minutos depois, sugeriu: “Caros vamos descer a lenha até terça. Por cautela falei com Pelella e deu ok. terça Dia previsto para a posse de Lula”.
Eduardo Pelella, chefe de gabinete do procurador-geral Rodrigo Janot, de fato apoiava o levantamento do sigilo das interceptações, mas não sabia que elas incluiam um grampo da presidenta da República.
Pellela cobrou Deltan por mensagem, assim que a bomba explodiu:
Pelella: Vcs sabiam do áudio da Dilma? Moro não menciona na decisão. E a gente não falou sobre isso.
Deltan: Não. Parece que foi hoje cedo.
Os procuradores sabiam que o juiz Sergio Moro estava vulnerável.
Por lei, como seria advertido mais tarde pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o juiz de primeira instância não tinha competência para lidar com o grampo de uma presidenta da República, cujo foro é o STF.
Mas o debate inicial dos procuradores foi focado no fato de que o grampo de Lula e Dilma foi feito quando as interceptações já haviam sido oficialmente suspensas pelo próprio Moro.
Eram 21h05 quando o procurador Orlando Martello Jr. disse que estava preocupado: “Estou preocupado com moro! Com a fundamentação da decisão. Vai sobrar representação pra ele”.
Carlos Fernando dos Santos Lima respondeu: “Vai sim. E contra nós. Sabíamos disso”.
A conversa segue, segundo reproduziu a Folha de S. Paulo:
do Viomundo:
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