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Lá pelos anos 70, século passado, em plena crise do Petróleo, quando os Países produtores fundaram a OPEP, o Presidente dos EUA, Richard Nixon, foi até a Arábia Saudita e fez a intimidação; se vocês não cotarem o Petróleo em Dólar, usaremos nosso poder bélico para destruí-los.

Foi assim que surgiu o Petrodólar e a moeda americana passou a ser a dona dos preços internacionais e, foi por isso que Kaddafi e Saddan Husseim quando se rebelaram e quiseram criar outras moedas para cotar seus produtos, viraram demônios, foram execrados e assassinados pelo Império; enquanto a Arábia Saudita, que financia o temido Exército Islâmico, não é incomodada.

Foi nesse enredo, que entrou em cena o; “é só tirar Dilma que resolve”. Dilma foi deposta porque a Banca não suportava mais um Governo que foi capaz de cumprir um programa debatido com a sociedade e que mantinha diálogo com os Movimentos Sociais; com a classe trabalhadora do campo e da cidade; com os que lutam pelo direito à moradia; os atingidos por barragens; com quilombolas; com mulheres e negros; e os que viviam na mais completa exclusão social.

Governos que a partir de 1º de Janeiro de 2003 até 31 de Dezembro de 2014, colocaram o Brasil no centro da Agenda Política Internacional sendo o único País a atingir os “Oito Objetivos do Milênio”, da ONU, premiado no principal que foi o do combate da fome e da miséria, tirando o País do mapa da fome; copiado e aplaudido mundo a fora.

Mas, o que selou o destino desses dois governos para a execução de um Golpe de Estado; comandado pelo Departamento de Estado dos EUA, foi sem dúvidas, a ousadia da Presidenta Dilma em, logo após o fracasso da seleção na Copa, fazer uma reunião de cúpula com os Chefes de Governos da Rússia, Índia, China e África do Sul para criar o BRICS e, logo depois o Banco BRICS; uma ameaça real à hegemonia do Dólar.

E o golpe está dando certo? Está! Para o Mercado que está comendo os US$ 370 bilhões de Reservas Cambiais deixados por Dilma, no jogo da especulação com o Dólar, na Bolsa de Valores; para as Irmãs petroleiras que abocanharam o Pré-sal e os ativos da Petrobrás e para os rentistas que se alimentaram das desvalorizações das ações da Estatal e outras Empresas nacionais.

E o golpe está dando errado? Está! Para os midiotizados que serviram de massa de manobra nas manhãs de Domingo, convocados pela Globo e usando a camisa da CBF, verdadeiros antros de corrupção. Para a classe trabalhadora que perdeu direitos consagrados e vai perder a aposentadoria e toda perspectiva de ter uma vida futura para si e para seus filhos e netos; para a classe média suicida que odiava encontrar pobres nos Aeroportos e Universidades e agora os encontra nas filas das Rodoviárias e dos desempregados.

Quatro anos depois do fracasso da seleção brasileira é a vez da Alemanha passar por vexame idêntico no futebol e, para surpresa geral, sua líder, no sétimo mandato, não mostra ao mundo a mesma força da Presidenta Dilma para articular uma ofensiva ao Presidente Trump, como Dilma fez aos planos de ocupação territorial dos democratas americanos que preparavam um cenário para um pretenso Governo de Hillary Clinton.

Se a toda poderosa Alemanha se encolhe, não é o caso das outras Américas como vêm demonstrando os heroicos enfrentamentos do preso político Lula, da Presidenta deposta Dilma e do Partido dos Trabalhadores; que influiu na vitória de Obrador e do Partido Morena nas eleições mexicanas do último Domingo.

O golpe foi dado no Brasil, o decálogo elaborado pela CIA foi cumprido mas como diria “Garrincha”; não foi combinado com o povo.

O eixo central do golpe foi a economia; o Brasil estava consolidado como 6ª economia mundial e se impunha como voz na pregação da Paz e no foco principal da “Barbárie”; combatendo a pobreza e a miséria e denunciando os culpados pela fome no mundo.

O exemplo mexicano de Domingo tem muito a ver com o Brasil; eles elegeram o Lula de lá e nós precisamos libertar e eleger o Lula daqui, como imperativo para um novo equilíbrio de forças antes da catástrofe anunciada.

No processo eleitoral em curso, só retornaremos a alguma perspectiva de Nação soberana com: “Lula livre, Lula candidato, Lula Presidente”.
Mas, isso só não basta! Há outro eixo a ser incorporado ao novo programa avançado para voltar à normalidade democrática; que será bandeira do nosso candidato ao Senado Federal que ocupará uma vaga dos golpistas, onde há a maior possibilidade de preencher o vácuo conquistando esmagadora vitória; desde que encante parcela significativa do eleitorado, enfrentando o debate ideológico necessário.

Entre os candidatos, terá um do Partido dos Trabalhadores, portanto, de esquerda, comprometido com a defesa de todo o direito subtraído do povo trabalhador pelo governo golpista. Direito ao emprego; Direito à aposentadoria; Direito à moradia; Direito à terra; Direito à saúde; Direito à educação; Direito à segurança; Direito à seguridade social.

A esquerda combate a fome; combate a miséria; combate o desemprego; o preconceito racial; a homofobia; a misoginia e o sexismo; a desigualdade e toda e qualquer forma de intolerância.

A direita combate a esquerda.

Rômulo Rodrigues

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