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Agenda do Poder – As negociações entre empresas brasileiras e chinesas estão a todo vapor. Às vésperas da chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, já existem pelo menos 20 acordos fechados entre os representantes do setor privado dos dois países.
O Globo teve acesso a uma lista de acordos assinados entre as empresas, elaborada pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). Já houve acertos em diversas áreas, como energia limpa, créditos de carbono, construção de navios e financeira.
Segundo o CEBC, a Suzano assina três acordos com parceiras chinesas. O primeiro com a Cosco, para a construção de cinco navios de transporte de celulose e produtos de base biológica, incluindo contrato de transporte de longo-prazo.
Ciência de Zhangjiang, em Xangai.
A Vale vai celebrar sete acordos com parceiros chineses. Um com a Universidade Tsinghua para intercâmbio de conhecimento técnico. O segundo com a Central South University (CSU) para pesquisas científicas em siderurgia de baixo carbono.
O terceiro acordo é com a XCMG, para desenvolvimento da primeira motoniveladora zero emissão do mundo, com porte exclusivo para atividade de mineração com a empresa XCMG. Se bem-sucedido, o projeto permitirá a migração de toda frota de motoniveladoras da Vale nos próximos anos.
O quarto é um acordo de cooperação a ser assinado com a Baoshan Iron & Steel (empresa do grupo Baowu). O negócio é para a produção de biocarvão e suas aplicações, visando soluções de descarbonização na indústria siderúrgica.
Dois acordos serão firmados pela Vale com instituições bancárias chinesas: um com o Industrial and Commercial Bank of China (o ICBC) e o Bank of China, para cooperação financeira envolvendo linhas de crédito para mineração no Brasil e grandes projetos ao redor do mundo.
Também são previstas outras parcerias financeiras, especialmente cooperação financeira verde, fortalecendo projetos de energia verde.
Já o sétimo acordo tem como signatária a Vale Indonésia e prevê projeto de investimento com a Tisco (grupo Baowu) e a Xinhai ,para a construção de uma planta de processamento de níquel RKEF e outras instalações de apoio. O projeto, com potencial de baixo carbono, utilizará energia alimentada a gás.
A lista também prevê uma parceria entre a Odebrecht, a Power China e a Sete Partners para trazer soluções conjuntas a projetos de infraestrutura no Brasil.
Além disso, a Sete Partners e a Tianjing Food Group se associam para a criação de uma empresa binacional, visando ampliar investimentos na cadeia agrícola brasileira em diversas áreas, inclusive logística.
Ainda segundo a lista, a empresa brasileira BMV global firma dois acordos com empresas chinesas para a comercialização de créditos de biodiversidade. Um com a HRH (Chongqing), para promover o comércio e serviço sustentável, e lançamento da plataforma de comércio de crédito de biodiversidade entre a China e o Brasil. E o segundo acordo com a HRH Pharmaceutical, adquirindo o crédito de biodiversidade como mecanismo de compensação do seu impacto ambiental, e a obtenção do selo de boas práticas ESG – selo BMV de sustentabilidade.
Motrice Soluções em Energia e China Gansu International Corporation for Economic and Technical Cooperation Co., ltd. (CGICO) firmam memorando na área de energias renováveis, com foco na importação e execução de serviços e investimentos.
Sinomec e a Sete Partners firmam parceria nas áreas de energia renovável, agricultura e outros setores.
APEXBRASIL e Venture Cup China formalizam parceria para apoiar startups brasileiras a desenvolverem negócios na China. Também vão organizar, conjuntamente, a semana da inovação, que terá foco em soluções ligadas à economia verde e de baixo carbono, à sustentabilidade aplicada ao agronegócio e à digitalização.
Banco Bocom BBM anuncia sua adesão ao CIPS (China Interbank Payment System), que é a alternativa chinesa ao Swift.
A expectativa é a redução dos custos de transações comerciais com o câmbio direto nas moedas dos dois países. O banco será o primeiro participante direto desse sistema na América do Sul.
A sucursal brasileira do Industrial and Commercial Bank of China (Brazil) passa a atuar como banco de compensação do RMB no Brasil. As reduções das restrições ao uso do RMB (moeda chinesa) objetiva promover o comércio bilateral e facilitar investimentos.
A APEXBRASIL e a Beijing Hycore Innovation assinam instrumento de cooperação com o objetivo de apoiar startups brasileiras a estabelecer negócios com a China, no contexto da competição de empreendedorismo e evento global HICOOL 2023.
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