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Recém nomeado ministro da Educação, Abraham Weintraub demitiu um militar do posto número 2 da pasta para indicar um economista, troca que pode sinalizar uma guerra entre o presidente Jair Bolsonaro e os generais de seu governo. Antonio Paulo Vogel de Medeiros, economista que vai assumir a Secretaria-Executiva do MEC no lugar do brigadeiro Ricardo Machado, era braço-direito de Weintraub na Casa Civil.

Leia abaixo, na reportagem da Agência Brasil, as outras nomeações anunciadas nesta quarta-feira 10 pelo ministro. Todas as secretarias da pasta tiveram seus titulares trocados, com exceção da Alfabetização, que tem Carlos Nadalim no comando, ex-aluno de Olavo de Carvalho. Os novos secretários do primeiro escalão não têm qualquer ligação com o debate educacional.

Ministro da Educação anuncia novos secretários

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil – O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou hoje (10) os novos secretários que vão compor a equipe do Ministério da Educação (MEC). Haverá mudanças na maior parte das secretarias.

De acordo com nota divulgada pelo MEC, chefiará a Secretaria Executiva Antonio Paulo Vogel de Medeiros. O novo secretário executivo adjunto será Rodrigo Cota. A Secretaria de Educação Superior será chefiada por Arnaldo Barbosa de Lima Junior e a Secretaria de Educação Básica, por Janio Carlos Endo Macedo.

Para a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, foi escolhido Silvio José Cecchi. A Secretaria da Educação Profissional e Tecnológica será comandada por Ariosto Antunes Culau.

Permanecem nos cargos os titulares da Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação, Bernardo Goytacazes de Araujo, e de Alfabetização, Carlos Francisco Nadalim. A Secretaria de Alfabetização é responsável pela elaboração de uma Política Nacional de Alfabetização, meta estipulada para o MEC para os 100 dias de governo do presidente Jair Bolsonaro.

Conheça os novos secretários:

Secretário executivo, Antonio Paulo Vogel de Medeiros: Auditor federal de finanças e controle desde 1998. Foi assessor e diretor do Instituto de Resseguros do Brasil, assessor especial no Ministério da Fazenda e no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Nesse último, também foi secretário de Gestão. Foi consultor do Banco Mundial em finanças públicas e atuou em diversos colegiados, conselhos fiscais e de Administração. Atuou na transição do governo federal e, em janeiro de 2019, assumiu o cargo de secretário executivo adjunto da Casa Civil da Presidência da República.

Secretário executivo adjunto, Rodrigo Cota: Analista de comércio exterior dos quadros do Ministério da Economia. Ocupou diversos cargos na administração pública federal, tendo sido secretário executivo adjunto do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, onde coordenou o Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas. Antes do Ministério da Educação, ocupava o cargo de diretor de Programas da Secretaria Executiva do Ministério da Economia, onde respondia pelos assuntos da Previdência Social, Trabalho e Políticas Sociais.

Secretário de Educação Básica, Janio Carlos Endo Macedo: Funcionário aposentado do Banco do Brasil, onde trabalhou por 34 anos, exercendo vários cargos na rede de agências. Ele ocupou, na Direção-Geral do banco, os cargos de gerente-geral do segmento Alta Renda, diretor de Varejo, diretor-presidente da BB Previdência e diretor de Governo. Foi ainda diretor comercial do Grupo Segurador Banco do Brasil Mapfre. Foi conselheiro fiscal da empresa BB Aliança Participações; conselheiro de administração da empresa Ativos S/A; conselheiro fiscal da empresa Usiminas S/A; e conselheiro fiscal do Grupo Ultrapar. No Poder Executivo, foi secretário executivo do Ministério do Trabalho e assessor especial do ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Até chegar ao MEC, era secretário adjunto de Gestão e Desempenho de Pessoal, ligada à Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

Secretário de Educação Superior, Arnaldo Barbosa de Lima Junior:Analista técnico de políticas sociais. Foi um dos autores da reforma do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Atualmente, é diretor de Seguridade na Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe) e membro do Conselho Nacional de Previdência Complementar. Foi assessor especial e diretor de Assuntos Fiscais e Sociais no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e secretário adjunto de Política Econômica no Ministério da Fazenda. Foi conselheiro fiscal e de administração das seguintes empresas: Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame); Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. – Pré-Sal Petróleo (PPSA); BB Tecnologia e Serviços (BBTS); BB Banco de Investimento (BB BI); Banco do Nordeste (BNB); BB Gestão de Recursos, Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários (BB DTVM); e Caixa Econômica Federal, entre outras.

Secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior, Silvio José Cecchi: Foi diretor de Desenvolvimento da Educação em Saúde da Secretaria de Educação Superior do MEC entre 2016 e 2018, quando assumiu a titularidade da Seres. É pós-graduado em análises clínicas e foi presidente do Conselho Federal de Biomedicina. Ao longo de sua vida profissional, acumulou cargos nas funções de coordenador do curso de biomedicina do Centro Universitário Barão de Mauá; diretor-geral da Faculdade COC; diretor de pós-graduação da Anhanguera Educacional; diretor de Logística das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP) e ex-presidente da Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM).

Secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Ariosto Antunes Culau: Atuou no governo do Rio Grande do Sul, como secretário de estado de Planejamento e Gestão, e no governo de Goiás, como superintendente do Tesouro Estadual. No governo federal, foi secretário de Orçamento Federal, subsecretário de Assuntos Econômicos da Secretaria Executiva e secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda. Antes de integrar a equipe do MEC, atuava como secretário de Gestão Corporativa do Ministério da Economia, tendo auxiliado na estruturação do novo ministério.