Tarifas impostas pelos EUA afetam siderúrgicas brasileiras com operações nos Estados Unidos
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As siderúrgicas brasileiras Usiminas, Ternium e ArcelorMittal estão entre as mais impactadas pelas tarifas de importação de 25% sobre o aço, anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essas empresas possuem operações significativas nos EUA e enfrentam desafios devido às medidas protecionistas adotadas pelo governo americano.
A Usiminas e a Ternium possuem unidades de produção e distribuição de aço nos Estados Unidos, o que as torna vulneráveis às novas tarifas. A ArcelorMittal, embora seja uma multinacional com sede em Luxemburgo, possui operações significativas no Brasil e nos EUA, sendo igualmente afetada pelas medidas, segundo aponta reportagem da Folha de S. Paulo.
Em contrapartida, empresas como a Gerdau e a CSN têm estratégias diferentes. A Gerdau, que possui várias unidades de produção de aço na América do Norte, destacou que suas operações nos EUA podem se beneficiar das políticas protecionistas de Trump, já que a produção local não estaria sujeita às tarifas de importação. As ações da Gerdau subiram mais de 3% após o anúncio das tarifas. Já a CSN, que tem maior exposição ao mercado brasileiro, registrou uma queda de 0,5% em suas ações, refletindo preocupações sobre o impacto das tarifas em suas exportações para os EUA.
As tarifas impostas por Trump têm gerado críticas de grupos empresariais e políticos nos EUA, que alertam para possíveis aumentos nos preços ao consumidor e complicações nas cadeias de suprimentos. Associações comerciais de diversos setores, incluindo bens de consumo, petróleo e automotivo, expressaram preocupações sobre os efeitos negativos dessas medidas protecionistas.
No Brasil, as tarifas elevam temores de inflação, especialmente após o Banco Central ter adotado uma postura considerada branda sobre o assunto. Ex-diretores do BC argumentam que o cenário é inflacionário e que a mensagem da instituição está fora do tom diante das atuais circunstâncias.
As empresas brasileiras afetadas estão avaliando estratégias para mitigar os impactos das tarifas, incluindo a possibilidade de aumentar a produção em suas unidades nos EUA ou buscar mercados alternativos para suas exportações.