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Relação de presidente com grupo está sendo investigada

Na manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal afirmou que a estrutura do chamado Gabinete do Ódio, grupo que seria formado por auxiliares do presidente Jair Bolsonaro com assento no Palácio do Planalto, é usada por uma milícia digital que atua contra a democracia, diz reportagem de Aguirre Talento e Mariana Muniz no Globo.

Segundo o jornal, eles promovem ataques às instituições. As informações constam de relatório parcial enviado pela delegada Denisse Ribeiro.

A relação de Bolsonaro com a suposta milícia digital passou a ser investigada pela PF, após a análise de que o modus operandi do presidente ao disseminar desinformação sobre urnas eletrônicas é semelhante ao usado pelo grupo que atua nas redes sociais, diz o jornal.

PF diz ainda que a estrutura do chamado Gabinete do Ódio, composto por assessores do Palácio do Planalto, fez parte da disseminação de notícias falsas.

O que diz a PF sobre o “gabinete do ódio”?

“Identifica-se a atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um autodenominado ‘gabinete do ódio’: um grupo que produz conteúdos e/ou promove postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos) – os ‘espantalhos’ escolhidos – previamente eleitas pelos integrantes da organização, difundindo-as por múltiplos canais de comunicação, em atuação similar à já descrita outrora pela Polícia Federal, consistente no amplo emprego de vários canais da rede mundial de computadores, especialmente as redes sociais”, escreveu a Polícia Federal.

Inquérito que investiga a suposta atuação de uma milícia digital foi aberto no ano passado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A nova apuração foi aberta depois que o procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou o arquivamento de outra investigação a respeito de Bolsonaro e aliados.

Em relatório, a PF também sustenta que a orgaização criminosa digital foi usada  para disseminar notícias falsas sobre medicamentos ineficazes contra a Covid-19, o chamado “tratamento precoce”.

Relatório foi enviado nesta quinta-feira ao STF para apresentar um panorama das investigações das milícias digitais até o momento. A PF detectou ainda que a divulgação de medicamentos ineficazes contra a Covid-19, como a hidroxicloroquina, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, usou a estrutura das milícias digitais.

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