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Não há mistério algum na maracutaia dos R$ 400 mil dados à candidata “laranja” Lourdes Paixão pelo PSL.

É parte do “acerto” feito com Luciano Bivar, “dono” da sigla até a entrada, em cima do prazo, de Jair Bolsonaro no “partido”.

A terrível desculpa de Bivar, de que “mulher não tem vocação para a política” esbarra na própria prestação de  contas do PSL, onde 90% das candidaturas que receberam dinheiro do Fundo Eleitoral eram femininas, inclusive a laranja pernambucana que se juntou às laranjas mineiras do Ministro do Turismo.

No valor, porém, ficaram nos 30% determinados pela resolução do TSE que obrigava a usar esta parcela, no mínimo, com candidatas.

Aliás, se a Folha quiser, pode pesquisar também outra candidata pernambucana “campeã” de recursos do PSL, Érika Santos, que recebeu R$ 250 mil e admite que sua candidatura era divulgada por “pessoas que estão ao seu redor“, mas gastou quase todo o dinheiro com numa gráfica que “funciona” onde é um escritório de empréstimos consignados e com uma empresa de Juliana Mirella Gonçalves, a suposta Gráfica Itapissu, a mesma onde Lourdes teria posto o dinheiro do Fundo Eleitoral.

Picaretagens como as de Bivar tem aos montes na política. O mais grave, nestes casos, é que todas as transferências para seu “laranjal” foram autorizadas por Gustavo Bebbiano, que assumiu a presidência do PSL e agora é ministro-chefe da Secretaria de Governo.

Mas, como diz Sérgio Moro, “não vem ao caso”.

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