Governo da Ucrânia cobra reparações por morte de 176 pessoas
écnicos iranianos examinam os destroços do Boeing ucraniano (Créditos: Iranian Red Cross/Fotos Públicas)
O governo iraniano admitiu na manhã deste sábado 11/I que o Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines, que caiu na última quarta-feira 8/I em Teerã, foi derrubado devido a um “erro humano” por parte do Irã.
A aeronave, que seguia para Kiev, capital da Ucrânia, caiu em um subúrbio de Teerã poucos minutos após a decolagem. Todas as 176 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes, morreram na queda.
Testemunhas afirmam que o avião estava em chamas antes de cair.
No dia 9/I, fontes da inteligência dos Estados Unidos afirmaram que a aeronave havia sido atingida por um míssel iraniano. No mesmo dia, o jornal New York Times divulgou um vídeo que mostra o momento em que um foguete atinge o Boeing.
Inicialmente, o Irã negou qualquer responsabilidade pelo incidente. Entretanto, em um comunicado na TV estatal nesta manhã, o governo iraniano voltou atrás, assumiu a culpa e afirmou que os responsáveis pela queda da aeronave serão punidos.
“A República Islâmica do Irã lamenta profundamente esse erro desastroso”, disse o presidente Hassan Rouhani no Twitter. “Meus pensamentos e orações vão para todas as famílias de luto”.
Poucos minutos antes, um comunicado das Forças Armadas do Irã confirmou que o avião ucraniano havia desviado de sua rota e sobrevoou a área próxima a uma base da Guarda Revolucionária – a força de segurança interna do país. Com isso, o Boeing teria sido confundido com uma possível ameaça.
O general Qassem Soleimani, morto em um ataque norte-americano no dia 3/I, era o líder da Força Quds – a tropa de elite da Guarda Revolucionária do Irã.
O governo do Irã, entretanto, não confirmou a versão de que o avião foi atingido por um míssil.
O presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, cobrou do Irã a devolução dos corpos e o pagamento de indenizações aos familiares das vítimas.
Já autoridades da Rússia condenaram a atitude do Irã, mas disseram que a tensão provocada pelos Estados Unidos motivou a reação iraniana: “é evidente que nós condenamos tanto as ações dos EUA como os atos do Irã neste sentido, mas temos que compreender que os Estados Unidos provocaram o Irã a retaliar”, disse o deputado Yuri Shvytkin, membro da comissão de defesa do Parlamento russo.
Após a queda, diversas companhias aéreas cancelaram seus voos para Teerã ou decidiram desviar suas rotas para não sobrevoar o Irã e o Iraque, como a Lufthansa, Malaysia Airlines, KLM, Air France e Qantas.
Em tempo: em julho de 1988, um míssil disparado pelo navio USS Vincennes, da marinha norte-americana, derrubou um Airbus A-300 da companhia Iran Air, que fazia a rota entre Teerã e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O ataque norte-americano matou 290 passageiros, entre os quais 66 crianças. O governo dos EUA nunca admitiu responsabilidade pelo incidente ou enviou qualquer pedido formal de desculpas.
Técnicos iranianos examinam os destroços do Boeing ucraniano (Créditos: Iranian Red Cross/Fotos Públicas)
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