A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, eleita deputada federal, rebateu no Twitter as críticas que sofreu após participar da posse de Nicolás Maduro, que assume seu segundo mandato como presidente da Venezuela. Algumas das criticas disseram que “o PT estava legitimando uma ditadura no país ao reverenciar o governo do sucessor de Hugo Chaves”.
“Nenhuma surpresa as críticas dos que ignoram as razões por eu ter aceitado o convite pra posse na Venezuela. Deixar de ir seria covardia, concessão a direita. A esquerda pode ter críticas ao governo Maduro, mas o destino da Venezuela está nas mãos do seu povo e de mais ninguém”, rebateu Gleisi.
A congressista acrescentou que a “Venezuela tem uma das maiores reservas de óleo do mundo”. “Seu presidente deve ser o próximo presidente da OPEP. A atitude belicista de Trump pode internacionalizar o conflito venezuelano. EUA querem criar condições p/ isso. Nossa região será um novo Oriente Médio?”, questionou.
Em entrevista ao Brasil de Fato, em Caracas, a parlamentar disse que há muita desinformação por parte da população brasileira do que realmente ocorre na Venezuela, pois a “mídia tradicional não informa de fato o contexto que o país enfrenta.
“A esquerda precisa se informar melhor sobre o que a Venezuela enfrenta, principalmente em relação aos ataques dos EUA. Caso contrário, seguirá fazendo coro junto com a direita”, disse.
Segundo a presidente do PT, é preciso “entender o que significa a ação contra a Venezuela, o que significa a resistência da Venezuela contra os EUA”. “Todo governo tem seus erros, e o de Maduro também tem”, disse. “Isso não quer dizer que os problemas da Venezuela têm e ser resolvido de fora, que tem que boicotar a Venezuela. A esquerda precisa se informar melhor e saber o que está por trás de todo este ataque da direita”.
De acordo com a parlamentar, as críticas contra a Venezuela ocorrem porque o país vizinho resiste “em entregar o seu maior patrimônio, que é o petróleo”. “No Brasil estamos entregando de mão beijada”.