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Ministro da Secom aponta desafios na comunicação da esquerda global

Ministro Paulo Pimenta
Ministro Paulo Pimenta (Foto: © Tomaz Silva/Agência Brasil)

Em entrevista à coluna de Igor Gadelha, publicada pelo portal Metrópoles nesta segunda-feira (9/12)passada, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, quebrou o silêncio após críticas públicas à comunicação do governo. Pimenta afirmou que a insatisfação reflete um desafio mais amplo enfrentado pela esquerda mundial, destacando a dificuldade de construir narrativas eficazes diante do avanço da extrema direita.

O episódio ganhou destaque depois de declarações de Lula em um evento do PT na última sexta-feira (6/12). O presidente questionou a eficácia da comunicação governamental, o que levou a especulações sobre mudanças no comando da Secom. Contudo, Pimenta garantiu que a relação com Lula permanece sólida: “Despachei normalmente com o presidente hoje. Ele não falou comigo sobre nenhuma mudança no cargo.”

Desafios globais e diálogo interno

Pimenta destacou que a avaliação crítica de Lula não se restringe ao governo, mas atinge também o PT e a esquerda como um todo. “O presidente fez uma avaliação crítica sobre a comunicação que vai além do governo. A dificuldade da esquerda de construir uma narrativa capaz de enfrentar a extrema direita é algo que também me preocupa”, afirmou.

Questionado sobre o trabalho de Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha presidencial de 2022, o ministro afirmou que a colaboração de Sidônio é natural e bem-vinda, especialmente em ações estratégicas, como no recente anúncio do pacote de corte de gastos liderado por Fernando Haddad. “Veja bem: eu não sou um publicitário, eu não sou um marqueteiro. O presidente sempre teve secretários da Secom, mas o governo também contou com profissionais como João Santana e Duda Mendonça. Sidônio é uma pessoa muito qualificada, em quem o presidente confia e eu também confio”, enfatizou.

Especulações sobre mudanças no ministério

Embora rumores apontem para uma possível saída de Pimenta ou um remanejamento para outra pasta, ele reafirmou sua disposição em continuar colaborando com o governo em qualquer função. “Da mesma forma que fui convidado por Lula para estar aqui, ele sabe que pode contar comigo para qualquer tarefa. Nossa relação é baseada em lealdade e compromisso com o projeto”, afirmou.

Sobre possíveis ajustes na comunicação, Pimenta disse que está aberto a discussões e mudanças, conforme as decisões do presidente. No entanto, minimizou a ausência de sinais concretos de reformulação ministerial, reforçando que sua agenda segue normalmente.

Uma comunicação à altura dos desafios

Pimenta reconheceu que o governo enfrenta desafios na percepção pública, mas afirmou que a questão vai além de campanhas pontuais ou ações isoladas. “Não se trata de uma questão pontual, mas de construção narrativa. Esse é o desafio que está colocado para a esquerda no mundo inteiro.”

Enquanto o debate sobre a comunicação do governo continua, a entrevista de Pimenta sinaliza uma tentativa de acalmar os ânimos e reafirmar seu alinhamento com as demandas e expectativas do presidente Lula.

Com informações do Brasil 247

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