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Aos primeiros indícios da doença, a orientação é ir até a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência; já a unidade de pronto atendimento deve ser buscada ao apresentar sinais graves

O período chuvoso estabelecido no Distrito Federal nas últimas semanas acende o alerta em relação a possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, que se reproduz em focos de água parada. Mais do que atuar de forma a prevenir e combater a reprodução do mosquito, é importante que a população esteja atenta aos primeiros sinais da doença para já dar início ao tratamento.

O paciente deve procurar o atendimento na unidade básica de saúde (UBS) mais próxima da sua residência ao sentir sintomas como dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, mal-estar, fadiga, perda de apetite e náuseas associados a febre de 38º graus e manchas avermelhadas pelo corpo | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

A porta preferencial de atendimento é a Atenção Primária. O paciente deve procurar o atendimento na unidade básica de saúde (UBS) mais próxima da sua residência ao sentir sintomas como dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, mal-estar, fadiga, perda de apetite e náuseas associados a febre de 38 graus e manchas avermelhadas pelo corpo. “Esses sinais são considerados leves, portanto, o paciente deve procurar uma UBS”, orienta a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Saúde (SES-DF), Sandra Araújo de França.

Mais do que atuar de forma a prevenir e combater a reprodução do mosquito, é importante que a população esteja atenta aos primeiros sinais da doença para já dar início ao tratamento | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Na unidade básica, o usuário será recepcionado por um profissional da enfermagem que fará a avaliação dos sintomas e o teste PCR que identifica o tipo de vírus – até hoje, o DF só teve contato com os DENVs 1 e 2, sorotipos mais conhecidos da dengue. “Após o atendimento, verificou que é dengue, o paciente vai ser notificado e vai receber um cartão de acompanhamento com orientações, sinais de alerta e a data que ele deve voltar para uma segunda avaliação”, explica Sandra. Em caso de necessidade, o paciente pode iniciar a hidratação venosa em uma das 176 unidades básicas e receber um pacote de hidratação oral para a continuidade em casa.

“Nossa intenção neste período de chuva propriamente dito é trazer sempre uma reflexão para que as pessoas deixem que os agentes comunitários adentrem os lares para fazer as orientações”

Sandra Araújo de França, coordenadora de Atenção Primária à Saúde

“Quando a gente faz a notificação também acionamos um agente comunitário de saúde para fazer a visita ao domicílio para verificar se naquela região há focos do mosquito. O objetivo é mitigar o mais rápido possível para evitar novos diagnósticos de dengue”, diz a coordenadora.

É importante que os moradores recepcionem os profissionais e sigam as orientações de prevenção que envolvem a destinação adequada de resíduos e a eliminação de pontos de água armazenada. “Nossa intenção neste período de chuva propriamente dito é trazer sempre uma reflexão para que as pessoas deixem que os agentes comunitários adentrem os lares para fazer as orientações. Precisamos a cada dia aumentar a nossa prevenção. Todo mundo tem que fazer a cada dia mais”, acrescenta.

Casos considerados mais graves são direcionados para a unidade de pronto atendimento (UPA). O paciente pode ser encaminhado pela própria UBS que assume a transferência de responsabilidade, ou ele mesmo procurar uma das 13 unidades do DF quando tiver sintomas como dores intensas na barriga, vômitos persistentes, sangramentos no nariz, na boca ou nas fezes, tonturas e cansaço extremo. “Esses são sinais clássicos que vão ser recepcionados nas UPAs na perspectiva de uma avaliação e uma consulta mais direcionada”, revela.

A empresária Mariana Ângelo, 38 anos, foi diagnosticada com dengue há pouco tempo. Ela conta que fez o acompanhamento na UBS de Vicente Pires. “Fui atendida rapidamente, com solicitação de exame de sangue e, por estar desidratada, recebi soro e vitaminas. Retornei a cada três dias para reavaliação das plaquetas e acompanhamento dos exames. O atendimento foi ágil e extremamente cuidadoso, com medicação intravenosa para minha recuperação”, afirma.

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